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Sinopse:
A Segunda Guerra Mundial trouxe a minha pacata aldeia a febre do volfrâmio. Vivia-se, nos anos 1943, 1944, uma azáfama sem fim. ¶ Meu pai, quando se instalou em Justes, obcecado pela agricultura e silvicultura, comprara umas leiras inóspitas na serra, o que foi motivo de mofa generalizada: “o doutor está louco”. ¶ Foi o seu eldorado! Ia de madrugada com a minha avó Bárbara, controlar as balsas onde se separava o volfrâmio da ganga nas tais leiras da serra. Levava-me muitas vezes, e eu acompanhava-a, fascinado. ¶ Meu pai diria mais tarde que, nos últimos anos de guerra, se ocupou mais de volfrâmio do que de medicina. ¶ Trabalhava clandestinamente, segundo percebi, para os aliados.
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Eurico Figueiredo é casado. Pai de três filhos: a Bárbara (Professora de Psicologia na Universidade do Minho), mãe do Vasco (licenciado em Ciências Políticas); a Daniela (Anestesiologista no Centro Hospitalar do Porto), mãe da Constança (estudante de Direito) e da Mariana (estudante de Medicina); e o Tiago (Psicólogo Clínico em Lisboa), pai do Francisco e do António (ambos frequentam o ensino básico).
Índice:
Introito
61 ESTORIETAS 1. Agulha num palheiro 2. Mitos familiares 3. O homem que mordeu um cão 4. Estalinegrado 5. Bulhas 6. Pecado original 7. Desencanto 8. Contava meu pai 9. O milagre do cartão de campista 10. Vuillemoz 11. O menino da cama 9 12. Puritanos 13. Ruizinho 14. Aburguesamento 15. Regresso 16. A cidade e o campo 17. Por um cacho de uvas 18. Amor fraterno 19. Irmã imaginária 20. O charuto voador 21. Morte macaca 22. Novo primo 23. Paz 24. Amor que cura 25. Setentrião 26. “Jorge” cansou! 27. Snobeira 28. Borracheira 29. Boateiro 30. L’Encyclopédie Médico-Chirurgicale 31. “Venti minuti” 32. Despedida 33. Insólito 34. Bolas pretas 35. Família 36. Amizade na adolescência, mais forte que o amor? 37. Doge, o cão médico 38. O meu onze 39. Refúgio seguro? 40. Genética 41. O Bentley 42. Paris 43. Maldito 28 de maio 44. Os murros do Padre Henrique dos Santos 45. A minha boa estrela 46. Na legião 47. Eduardo Correia 48. Bissaya Barreto 49. A fuga 50. Francisco da Costa Gomes 51. Como se faz um amigo! 52. Daniela já sabe falar 53. Bom vizinho 54. Fobia 55. Pillá 56. A quinta de Souto Bom, agora Quinta dos Lódos 57. Douro duro 58. Progresso? 59. Miller Guerra 60. Mário Soares: subsídio para a história 61. O “meu” Mário Soares
SITUAÇÕES CLÍNICAS 1. Ossos de ofício… 2. Estranho acontecimento ocorrido no Cairo 3. 7.ª Irmã 4. Má reputação! 5. Moral da estória! 6. Queixa à ordem dos médicos? 7. “Chamava-se João…” 8. Perplexidade de uma intelectual 9. O mago de Siracusa 10. Jogo duplo 11. Filho de um atleta olímpico… 12. Sucesso ou insucesso? 13. Quixotismo 14. Psicodrama de grupo
ENSAIO AUTOBIOGRÁFICO “A Revolução Psiquiátrica no séc. XX”
AUTOR:
EURICO FIGUEIREDO nasceu em Vila Real em 1939. É Professor Catedrático de Psiquiatria. Com 16 anos iniciou a sua actividade política no MUD Juvenil. Aos 18 anos participou activamente na campanha do General Humberto Delgado. Como Presidente da Comissão Pró-Associação dos Estudantes de Medicina de Lisboa foi dos mais destacados dirigentes das greves de 1962. Na sequência destas greves, e tendo participado na greve da fome, foi expulso por trinta meses da Universidade de Lisboa. Em Coimbra, de 1962 a 1965, participa activamente na reorganização do movimento estudantil local. Em Agosto de 1962 é eleito, em Reunião Nacional do Movimento Estudantil, como o primeiro Secretário-Geral do Secretariado Nacional dos Estudantes Portugueses. Funda, em 1963, em Coimbra, o movimento clandestino “Movimento Sindical Estudantil” que, durante anos, coordena a actividade estudantil antifascista e que dirige com, entre outros, A. Correia de Campos, Medeiros Ferreira, N. Brederode Santos, Valentim Alexandre. Preso três vezes pela PIDE, por períodos curtos, vê-se obrigado ao exílio em 1965, na Suíça, onde viveu até 1976. Neste país desenvolve uma intensa actividade política em ligação com Portugal, entre outros, com Jorge Sampaio, e com Argel, sobretudo, com Manuel Alegre e Piteira Santos. Militante do PCP desde os 18 anos, abandona este partido, em 1967, no mesmo dia em que as tropas Russas entram na Checoslováquia, como sinal de protesto contra este facto. Militante do Partido Socialista, desde Agosto de 1974, foi várias vezes membro da Direcção Nacional e Política deste partido. Deputado de 1983 a 1985 e de 1991 até 1999 foi, entre outros cargos, deputado à Assembleia da NATO e Presidente da Comissão da Administração do Território e Poder Local. Autor do relatório da Assembleia da República sobre a regionalização, em 1997. Durante o processo de regionalização distinguiu-se na defesa da identidade Trasmontana e da integridade do Douro. Tem-se preocupado com a problemática da protecção do ambiente e do património dando particular atenção ao tema dos rios internacionais de Portugal
Detalhes:
Ano: 2019
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 360
Formato: 23x16
ISBN: 9789896899295
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