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Sinopse:
Afirma Ivan Jablonka (Paris, 1973 ) que a História é uma literatura contemporânea, defendendo que é nisso que acredita, como uma via nova para contar o que aconteceu. Fechada desde o séc. XIX na procura de um método científico, terá desprezado a “forma”, acredita o autor, diminuindo a emoção e o prazer e criando obstáculos à compreensão completa do real. ¶ Não foi tão longe esta aventura, ao contar-se a história de “Lucas” e da vida camponesa de uma aldeia perdida na encosta da ribeira da Isna, porque ficou a escrita dividida entre a narrativa ficcional e o ensaio. Mas, como se verá, uma e outra são apenas o resultante de formas diferentes do olhar, nenhuma delas mais informada que a outra. ¶ Confiemos na mestria do narrador para desdobrar-se em ator (que ainda não deixou de ser) e contador de histórias, sabendo nós que viver e contar são coisas diferentes, cada uma para seu dia. E que a vida é sempre muito mais do que aquilo que se viveu quando nos dispomos a contá-la.
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Resistiu o nome – Sipote, assim grafado desde que há memória documental (c.1527). Certo é que já houve épocas em que se lhe atribuiu o nome de Cipote em placa toponímica e endereço postal, um termo castelhano pouco edificante que, por certo, foi abandonado por não ter correspondência com o nome original. Esse há de querer estar associado a sítio (“lugar”, “cidade”), como tantos outros em que o radical “ipo”, “ippo”, de origem orientalizante (tartéssica) se latinizou. Como aconteceu também em Olissipo, depois Lisboa.
Índice:
Prefácio
Abertura
I. “Vens com medo, Clarinda…” “Sagrada oficina de almas”
II. Deambulações O tempo comunitário. Memória disponível
III. O Mercedes vermelho Brinquedos, artes e manhas
IV. Ver nascer e morrer Rebanhadas de filhos
V. Entre boízes e perdizes, barbos, bogas e enguias como cobras Como no princípio do Mundo
VI. Dias improváveis A Eira
VII. “Como? Com a faca, bem entendido” A Justiça da Noite
VIII. Trabalhos de menino Trabalhar como um homem
IX. Cartas de amor a Belinda Escolher ou ser escolhido(a)
X. A mestra Ensinar e aprender costura
XI. A “colha” O tempo feliz da resina
MUITOS ANOS DEPOIS
XII. “Senta te aqui!” Os Velhos
XIII. Caminho de Santiago. A tua morte impensada Caminhos e (Des)caminhos de Santiago
Posfácio Um Século de Resineiros
Fontes e bibliografia
Glossário
Anexos
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O AUTOR:
LUÍS FARINHA reparte a sua vida entre o ensino, a investigação e a disseminação da história e da cultura portuguesa contemporâneas. Está agregado como investigador doutorado ao Instituto de História Contemporânea (FCSH-UNL). Dirigiu e editou a revista História (2002-2007). Foi Comissário da Exposição “Viva a República! 1910-2010” e da Exposição “Morte à Morte!”, (A.R., 2017). Dirigiu o Museu do Aljube Resistência e Liberdade (2015-2020). É autor de uma obra diversa no domínio da história e da cultura. Coordena atualmente uma coleção de biografias de deputados constituintes do período democrático (A.R., 2017-2023).
Detalhes:
Ano: 2023
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 324
Formato: 23x16
ISBN: 9789895662463
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