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Sinopse:
(...) Estávamos então em pleno Século da Luzes. Predominava a objectividade e o espírito racionalista, a consciência de civilização, o desejo de prestígio cultural. Relativamente à História assiste-se a um aumento da curiosidade científica e crítica em relação ao passado, verificando-se uma tendência para racionalizar, metodizar e laicizar a história. Os académicos têm consciência da carência de memórias históricas portuguesas e da falta de base científica das histórias anteriores. O culto do documento, do inventário e do rigor científico desenvolve novos métodos de trabalho como por exemplo o recurso a inquéritos enviados directamente “à fonte” pretendendo-se assim recolher informações “exactas e expurgadas de fantasia” de acordo afinal com as exigências da época. As “Memórias Paroquiais de 1758” são o resultado dessa prática setecentista de inquérito. O objectivo deste “esforço administrativo” era obter um maior conhecimento do território. Com o terramoto ocorrido no dia 1 de Novembro de 1755, ficaram sepultados, senão mesmo queimados, a maior parte dos manuscritos resultantes dos primeiros inquéritos setecentistas (...). *************************************************************
Designam-se normalmente por “Memórias Paroquiais” o conjunto de respostas produzidas pelos párocos aos inquéritos setecentistas elaborados entre 1721 e 1758, cujos manuscritos foram posteriormente organizados num conjunto de 44 volumes que se encontram actualmente na Torre do Tombo.
“Memórias” por serem assim designadas na altura, as produções escritas, de carácter científico, ou literário ou destinadas a tratar acontecimentos ou informações referentes à época.
“Paroquiais” por terem sido dirigidas aos párocos, uma vez que, eram aqueles que seguramente sabiam ler e escrever, e também por se referirem à paróquia que estes tinham à sua responsabilidade e da qual dariam as devidas informações.
O primeiro inquérito foi promovido pela Academia Real da História, em 1721.
O segundo pela Secretaria de Estado e o Pe. Luís Cardoso em 1732. O terceiro por ocasião do terramoto em 1755 (também conhecido por “Inquérito Sismológico”).
E por último o de 1758, o mais divulgado, promovido pela Secretaria de Estado dos Negócios Interiores do Reino e o Pe. Luís Cardoso.
Índice:
Introdução
1. Memórias Paroquiais: o que são? 1.1. Os Inquéritos Setecentistas 1.1.1. O Inquérito de 1721, promovido pela Academia Real da História 1.1.2. O Inquérito promovido pela Secretaria de Estado em 1732 1.1.3. O Inquérito promovido após o terramoto de 1755 1.1.4. O Inquérito de 1758, promovido pela Secretaria de Estado dos Negócios do Reino em colaboração com o Pe. Luís Cardoso 2. As Memórias Paroquiais do Alandroal 3. Critérios e normas de transcrição paleográfica 4. Os Inquéritos 4.1. Inquérito de 1732 4.2. Inquérito de 1758 5. As Respostas Dicicionário Geográfico – Alandroal Idem, Capelins de Baixo Idem, Capelins de Cima Memórias Paroquiais – Alandroal Idem, S. Brás dos Matos Idem, Juromenha Idem, Vila Real Idem, Rosário Idem, Santo António Idem, Santiago Idem, Terena
Bibliografia
A AUTORA:
Isabel Alves Moreira nasceu em Lisboa em 1964. É licenciada em História pela Universidade Aberta e especializada em “Direcção de Segurança” pela mesma Universidade. Dedica-se à investigação histórica em tempo parcial. Profissionalmente exerce funções numa Instituição Privada de Solidariedade Social, onde coordena, entre outras, as áreas de “Património”, “Gestão de Qualidade” e “Segurança”. Como investigadora, tem publicado alguns artigos em revistas da especialidade e é co-autora do livro “Testamento de Catarina Pires Folgada − 1408”.
Detalhes:
Ano: 2013
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 104
Formato: 23x16
ISBN: 978-989-689-330-9
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