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Sinopse:
As práticas artísticas participativas e comunitárias reúnem um interesse crescente na atualidade. Num momento de particular fragilidade para as democracias e para a nossa vivência coletiva, este livro procura cruzar os contributos da arte, da participação e da política. Com base em estudos, inéditos pela sua dimensão e profundidade, desenvolvidos pelo autor em Portugal e Brasil nos últimos quatro anos, envolvendo 332 pessoas de 23 grupos teatrais, são discutidos os elementos fundamentais destas práticas, bem como as potencialidades e fragilidades que os processos criativos encerram na sua ligação à participação cívica e política. ******************************************************** (...) Hugo Cruz aborda várias questões fundamentais para o discurso internacional das artes aplicadas e comunitárias (...). Não conheço nenhum outro estudo empírico de artes comunitárias tão alargado e executado de forma tão completa. ¶ [EUGENE VAN ERVEN (Universidade Utrecht, Holanda) in Prefácio] ******************************************************** Por mim, gosto de andar pelos caminhos do experimentalismo, pelas roturas estéticas e pelo fragmentarismo, entretenho-me com o contemporâneo, com o «jogo dos possíveis» (...). Por isso me interesso pelas práticas artísticas comunitárias e a sua relação com a participação cívica e política. Por isso me interessa o trabalho de Hugo Cruz, seja no terreno próprio dos lugares de brasa, que tão bem conhece, seja agora neste «arrojo» de trazer aquelas práticas para o mundo académico, onde as emoções e o voluntarismo cedem diante do dogmático e do teorético, impondo um compromisso estrito com o rigor do conceptual e do racional. ¶ [ÁLVARO LABORINHO LÚCIO (escritor) in Posfácio]
Índice:
Índice: Agradecimentos (ato de protagonizar – dar visibilidade a todos os envolvidos na criação)
Prefácios (ato de estranhar – impressões resultantes do olhar externo de terceiros sobre a obra; produzir significados distanciados que apresentam a obra) Isabel Bezelga / Isabel Menezes / Eugene van Erven
Resumo (ato de sintetizar – a sinopse; o essencial)
Abstract (act of synthesizing – the synopis; the essential)
Resúme (acte de synthèse – le synopsis; l’essentiel)
INTRODUÇÃO (ato de despoletar – prólogo; apresentação do porquê, o quê, o onde e o quem da criação)
I. CONSTRUÇÃO DOS ALICERCES TEÓRICOS (ato de inspirar – pesquisa de inspirações e despoletadores de processo; construção de quadros teóricos e de grelhas distintas que estimulem o pensamento divergente e convergente; trabalho que remete para a construção de um “situar”) 1. As práticas artísticas comunitárias – da riqueza da sua hibridez 1.1. Para uma definição das práticas artísticas comunitárias 1.2. As principais linhas de investigação das práticas artísticas comunitárias 1.3. A dimensão cultural 1.3.1. Conceções de cultura 1.3.2. Da democratização à democracia cultural 1.3.3. A democracia cultural e as práticas artísticas comunitárias 1.4. A dimensão artística 1.4.1. A arte contemporânea e a sua relação com a política 1.4.2. A construção da arte comunitária 1.4.3. A viragem da arte comunitária para a arte participativa 1.4.4. As visões do artivismo e da “arte em comum” 1.4.5. O teatro e as suas características comunitárias como opção desta investigação 1.5. A dimensão educativa 1.5.1. A pedagogia crítica, libertadora, engajada e do oprimido 1.5.2. A educação popular 1.6. A dimensão comunitária 1.6.1. Noções de comunidade e implicações para as práticas artísticas comunitárias 2. A participação – ou o risco da “panaceia” das democracias 2.1. A participação cívica e política – arena da democracia, cidadania e diversidade 2.1.1. As questões centrais da participação cívica e política 2.2. A qualidade da participação 2.3. A participação cultural e artística ou a participação nas práticas artísticas comunitárias
II. ABORDAGEM METODOLÓGICA (ato de idealizar – planificar a ideia; opções de métodos de trabalho para a criação) 1. Situar metodologicamente a investigação 2. Objetivos, questões e desenho da investigação 3. O estudo de caso múltiplo 4. Métodos mistos: o encontro educação-arte e qualitativo-quantitativo 4.1. A abordagem qualitativa 4.1.1. Entrevistas semiestruturadas e grupos focais 4.1.2. A observação participante e as notas de terreno 4.1.3. As diversas fontes documentais 4.1.4. A ressignificação dos dados 4.2. A abordagem quantitativa 4.2.1. Inquéritos por questionário 5. A análise de dados 6. Critérios e opções tomadas na identificação dos grupos e participantes 7. Caracterização dos contextos, grupos teatrais e participantes 7.1. Os contextos e as suas políticas 7.2. Grupos e participantes dos estudos 8. O lugar do investigador – dimensões éticas e tomada de decisões
III. OS ESTUDOS (ato de conceber – improvisar; o corpo e a palavra na criação; ensaiar) 1. Breve descrição e articulação dos estudos 2. Para uma identificação dos elementos definidores das práticas artísticas comunitárias - Estudo 1 2.1. “Para uma Tipologia da Participação nas Práticas Artísticas Comunitárias: a experiência de três grupos teatrais no Brasil e Portugal” 3. As práticas artísticas comunitárias e a qualidade da participação cultural e artística na ação de grupos teatrais em Portugal e no Brasil – uma abordagem qualitativa – Estudo 2 3.1. “A qualidade da participação em grupos teatrais brasileiros no contexto das práticas artísticas comunitárias” 3.2. “Práticas artísticas comunitárias e participação cívica e política na ação de três grupos teatrais em Portugal” 4. Elementos das práticas artísticas comunitárias e as suas ligações com a participação cívica e política no contexto de grupos teatrais em Portugal – uma abordagem quantitativa – Estudo 3 4.1. Análise da dimensionalidade das escalas: fatorial exploratória e análise de consistência interna 4.1.1. Escala de motivações pessoais para a criação 4.1.2. Escala de conceções de teatro 4.1.3. Escala da qualidade da participação cultural e artística 4.1.4. Escala da qualidade da participação 4.1.5. Escala do ambiente positivo para a criação 4.1.6. Escala de efeitos percebidos globais 4.2. Análise descritiva de itens e escalas e discussão de resultados 4.2.1. Motivações pessoais para a criação 4.2.2. Conceções de teatro 4.2.3. Metodologias teatrais 4.2.4. Qualidade da participação cultural e artística 4.2.5. Ambiente positivo para a criação 4.2.6. Efeitos percebidos na participação cívica e política 4.2.7. Acesso às práticas e espaços de criação e apresentação 4.2.8. Qualidade da experiência de participação no grupo 4.2.9. Efeitos percebidos globais 4.3. Análise correlacional de itens e escalas e discussão de resultados 4.3.1. Correlação entre elementos da qualidade da participação cultural e artística e a qualidade da experiência de participação no grupo de teatro 4.3.2. Correlação entre elementos da qualidade da participação cultural e artística e as motivações pessoais para a criação 4.3.3. Correlação entre a qualidade da participação cultural e artística e os itens dos blocos espaços de criação e apresentação (19, 20 e 21) 4.3.4. Correlação entre a qualidade da participação cultural e artística e o ambiente positivo para a criação 4.3.5. Correlação entre a qualidade da participação cultural e artística e os itens do bloco 14 referentes às metodologias teatrais 4.3.6. Correlação entre a qualidade da participação cultural e artística e as conceções de teatro 4.3.7. Correlação entre a qualidade da participação cultural e artística e os efeitos percebidos globais 4.4. O que prediz os resultados da participação em grupos de teatro no contexto das práticas artísticas comunitárias? 4.5. Conclusões 4.6. Em conclusão a este capítulo
IV. REFLEXÕES FINAIS (ato de apresentar – levar a cena; o espetáculo; o confronto com o público) 1. Elementos definidores das práticas artísticas comunitárias 2. Qualidade da participação cultural e artística 3. Conceções de teatro e suas dimensões 4. Relação entre práticas artísticas comunitárias e participação cívica e política 5. Um último exercício de síntese 6. Criar presente e, por isso, futuro
POSFÁCIO (ato de estranhar – impressões resultantes do olhar externo de terceiros sobre a obra; produzir significados distanciados que sintetizam e comentam a obra) Álvaro Laborinho Lúcio
BIBLIOGRAFIA (ato de nomear – identificar e organizar os contributos e referências da criação)
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AUTOR:
HUGO CRUZ Cruzou Campanhã e o Bonfim enquanto crescia, a janela de um 6.º andar com as ruas sem saída das avós, tias/os e primos/as. Dos percursos paralelos e simultâneos na psicologia comunitária e da criação artística encontrou respiração no que era o próximo do humano. Reconheceu-se nos movimentos associativos e na ação cívica e política. Neste percurso doutorou-se na Universidade do Porto e fez uma pós-graduação em Teatro Social e Intervenção Sócio-Educativa na Universidade Ramon Llull. Publica e leciona nos contextos nacional e internacional nas áreas da “criação artística e espaço público”, “práticas artísticas comunitárias e participação cívica e política”, “arte e política” e “políticas culturais”. É investigador no CIIE-Universidade do Porto e CHAIA-Universidade de Évora. Integra a equipa de avaliação externa da Iniciativa PARTIS / Art for Change – Fundação Calouste Gulbenkian/Fundação La Caixa. Assume a direção artístico do MEXE_Encontro Internacional de Arte e Comunidade e de diversos projetos teatrais em coconstrução com comunidades locais. Desenvolve consultadoria em diferentes projetos nacionais e internacionais (e.g. municípios, festivais e fundações). É cofundador da Pele, Núcleo do Teatro do Oprimido do Porto e Nómada. www.artandparticipation.com.
Detalhes:
Ano: 2022
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 350
Formato: 23x16
ISBN: 9789895661060
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