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Colaboração com a entidade: Universidade de Lisboa
Sinopse:
As Tecnologias da Informação (e Comunicação) trouxeram consigo novos contextos de produção, gestão, preservação, comunicação e uso da informação, mas também novos problemas, que exigem respostas e ferramentas distintas. Se outrora se procurava a autenticidade, ou melhor a sua presunção, nos próprios documentos de arquivo, sublinhando-se o seu valor probatório, hoje a garantia da presunção da autenticidade da informação de natureza arquivística é garantida pela informação de contexto, que lhe confere significado, fornecida pela (meta)informação de distintos tipos: administrativa, descritiva, estrutural, técnica, de preservação, de uso e, consequentemente, de direitos de uso. É a informação de contexto, na verdade, que garante a (presunção da) autenticidade da informação, transformando o vínculo arquivístico em vínculo informacional (termo cunhado por André Pacheco), pondo em evidência, através da representação da informação, o seu papel para a garantia de que a informação descrita é, de facto, o que a descrição diz ser. O contexto é a categoria que importa evidenciar, como sempre importou aos arquivistas, e que justifica a designação da mais recente norma produzida pelo Conselho Internacional de Arquivos, Records in Context (RiC). Assim se explica tanto a necessidade quanto a urgência da definição de metadados para a presunção da autenticidade da informação arquivística. [Maria Cristina Vieira de Freitas & Carlos Guardado da Silva]
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André Pacheco propõe um modelo de metadados (com uma estrutura de dados) para a autenticidade, focalizando-se na concetualização da representação da informação, precedida pela própria análise e discussão dos requisitos científicos e técnicos suportados numa revisão da literatura internacional. ¶¶ O tema da autenticidade não é novo. Dele faz eco o próprio artigo 3 do Código de Ética, do Conselho Internacional de Arquivos (1996), ao registar que “os arquivistas preservam a autenticidade dos documentos nos trabalhos de tratamento, conservação e pesquisa”. Mas ganha nova dimensão em ambiente digital, ainda que já ali se compreendessem os “documentos eletrónicos ou informáticos”.
Índice:
Lista de Tabelas
Lista de figuras
Introdução
1 Metadados em arquivos 1.1 Conceptualização 1.1.1 A importância dos metadados 1.1.2 Definição e discussão 1.2 Etapas do uso de metadados 1.2.1 Metadados na Antiguidade 1.2.2 A introdução da imprensa na Europa 1.2.3 O Século 20 1.2.4 A era da Internet 1.3 Tipos e funções 1.3.1 Tipos de metadados 1.3.2 Funções dos metadados 1.4 Formas de expressão 1.4.1 Modelo relacional 1.4.2 Modelo hierárquico 1.4.3 Modelo em grafo 1.5 Terminologia de normas de metadados 1.6 A importância da interoperabilidade
2 Representação da informação 2.1 O conceito de representação 2.1.1 Representação 2.1.2 Representação da informação 2.2 Arquivos na pós-modernidade 2.2.1 O desrespeito pelos fundos 2.3 Conceptualização e objeto da descrição arquivística 2.3.1 Controlo intelectual em arquivos 2.4 Autenticidade e fidedignidade de e nas representações arquivísticas 2.4.1 Do vínculo arquivístico para o vínculo informacional 2.4.2 Autenticidade, confiabilidade e fidedignidade 2.4.3 Autenticação
3 Metodologia 3.0 Introdução 3.1 Motivações e objetivos 3.2 Natureza da investigação 3.3 Métodos de recolha de dados 3.3.1 Investigação documental 3.4 Corpus documental 3.5 Análise dos dados 3.5.1 Métodos de análise de dados 3.5.2 Seleção de normas de metadados
4 Identificação de requisitos 4.1 Introdução 4.2 Requisitos da literatura científica 4.2.1 Representação da informação 4.2.2 Descrição arquivística 4.2.3 Gestão da informação 4.2.4 Metadados 4.2.5 Normas de metadados 4.2.6 Autenticidade 4.2.7 Linked Data 4.2.8 Sumário 4.3 Requisitos da literatura técnica 4.3.1 ISAD(G) 4.3.2 AGRkMS 4.3.3 EAD 4.3.4 e-EMGDE 4.3.5 DACS 4.3.6 DCMES 4.3.7 VRA Core 4.3.8 MODS 4.3.9 CDWA 4.3.10 RiC 4.4.1 Sumário
5 Construção do modelo de requisitos 5.1 Análise e discussão dos requisitos científicos 5.2 Análise e discussão dos requisitos técnicos 5.3 Proposta do modelo
Conclusão
Bibliografia
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AUTOR:
ANDRÉ PACHECO é doutor em Ciência da Informação (Universidade de Coimbra), mestre em Ciência da Informação e da Documentação (Universidade de Lisboa) e licenciado em Estudos Portugueses (Universidade do Minho), tendo-se especializado em curadoria de dados, com enfoque na confiança e autenticidade dos documentos de arquivo digitais. A sua experiência inclui investigação académica, colaboração em projetos europeus e desenvolvimento de soluções em cenário empresarial. É, ainda, investigador integrado do Centro de Estudos Clássicos, Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa.
Detalhes:
Ano: 2022
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 314
Formato: 23x16
ISBN: 9789895662036
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