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Sinopse:
A investigação em Física Nuclear, no âmbito universitário, precedeu e foi independente da emergência da Energia Nuclear associada à exploração de minas de urânio. O respetivo desenvolvimento foi espetacular, embora o sucesso de ambas assentasse na organização centralizada do apoio à investigação científica e tecnológica. ¶ O urânio, enquanto matéria prima da bomba atómica, acelerou a vitória da aliança anglo-americana na II Guerra Mundial, em 1945. A partir de 1947 sucedeu-lhe a Guerra Fria que infletiu o rumo da beligerância para a corrida ao armamento nuclear contra a União Soviética. Portugal foi então envolvido nesta contenda através da venda de urânio àquela aliança. Foram mobilizados investigadores e administradores de proveniência diversa na construção da Junta de Energia Nuclear, em 1954. A venda negociada do urânio teve como consequência a construção do Laboratório de Física e Engenharia Nucleares, inaugurado em 1961.
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O Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia (CIUHCT) tem por objectivo promover a investigação em História das Ciências e da Tecnologia de acordo com padrões científicos internacionais e contribuir para o desenvolvimento e consolidação desta disciplina em Portugal. Com este propósito, a Colecção CIUHCT pretende publicar trabalhos originais nas referidas áreas de investigação, dirigidos a um público académico diversificado, que possam, também, interessar a uma audiência mais vasta de leitores.
Índice:
Introdução
Capítulo 1. A Física experimental no começo da Guerra Fria, 1947-1952 1.1. Considerações preliminares 1.2. Fim de uma era 1.2.1 A demissão dos investigadores 1.2.2 O Centro de Estudos de Física, suas funções e primeiras actividades 1.3 Um novo ciclo no Laboratório de Física/Centro de Estudos de Física 1.3.1 Julio Palacios e a nova liderança do Centro de Estudos de Física 1.3.2 Continuidade da investigação em Física Atómica e Nuclear 1.3.3 Os projectos de Julio Palacios 1.4 Do Instituto Português de Oncologia ao Laboratório de Física 1.5 Um olhar sobre o advento da energia nuclear em Portugal 1.6 Considerações finais
Capítulo 2. Urânio: motor do envolvimento português no nuclear, 1947-1954 2.1 Considerações preliminares 2.2 O monopólio anglo-americano dos recursos uraníferos 2.2.1 Desentendimento entre britânicos e americanos 2.2.2 A corrida ao urânio 2.2.3 O Combined Development Trust para gerir o negócio do urânio 2.3 Salazar e o urânio português 2.3.1 A relutância de Salazar em abrir as negociações 2.3.2 Uma negociação difícil e demorada 2.3.3 Propostas de alteração ao acordo 2.3.4 Guardar uma grande riqueza para o futuro 2.4 Lançamento do programa nuclear português 2.4.1 Os primeiros passos 2.4.2 Leite Pinto e a criação da Comissão de Energia Atómica 2.4.3 Viagens e luz verde à Comissão Provisória de Estudos de Energia Nuclear 2.5 Considerações finais
Capítulo 3. A Junta de Energia Nuclear: da emergência à internacionalização, 1954-1961 3.1. Considerações Preliminares 3.2 Papel incubador dos Centros de Estudos de Energia Nuclear 3.3 Ulrich, britânicos e o urânio soberano 3.3.1 Prioridade ao plano de prospecção do urânio e viagens 3.3.2 Um país produtor explorado. O baixíssimo preço do urânio 3.3.3 Um impasse difícil de ultrapassar 3.4 Hegemonia americana e afirmação da Junta na cena internacional 3.4.1 Os átomos apaziguadores do terror nuclear 3.4.2 Portugal membro fundador da Agência Internacional de Energia Atómica 3.4.3 Conferências Internacionais de Energia Atómica para Fins Pacíficos: um sucesso da cooperação científica internacional 3.4.4 O Acordo Bilateral com os Estados Unidos 3.5 O Laboratório de Física e Engenharia Nucleares em tempo de construção 3.5.1 Equipamento do Laboratório 3.5.2 Construção e inauguração do Laboratório 3.6 Centrais nucleares: uma esperança adiada 3.6.1 Inclusão das centrais nucleares no II Plano de Fomento 3.6.2 Interesse do sector privado nas centrais nucleares 3.7. Considerações finais
Capítulo 4. Diferentes espaços de investigação nos primeiros tempos do nuclear: laboratório do Estado, hospital e faculdade, 1953-1961 4.1 Considerações preliminares 4.2 Um físico nuclear no Laboratório Nacional de Engenharia Civil 4.3 Aplicações de Física Nuclear no Instituto Português de Oncologia 4.3.1 Instalação e primeiras actividades do Centro de Estudos de Física Nuclear 4.3.2 O Centro de Estudos de Física Nuclear em plena actividade 4.4 Novos tempos no Centro de Estudos de Física da Faculdade de Ciências 4.5 Considerações finais
Capítulo 5. Fim da autarcia. Novos rumos durante os últimos anos do Estado Novo, 1961-1973 5.1 Considerações preliminares 5.2 Os desafios da segunda fase da Junta de Energia Nuclear 5.2.1 Uma esquina do desenvolvimento tecnológico sob a presidência de Leite Pinto 5.2.2 Organizando e estruturando sob a presidência de Kaúlza de Arriaga 5.2.3 A vocação empresarial da Junta de Energia Nuclear 5.2.4 O Laboratório de Física e Engenharia Nucleares em actividade 5.3 Evolução da investigação no Centro de Estudos de Física da FCUL 5.4 Sociedade Portuguesa de Física: a união profissional dos físicos portugueses 5.5 Considerações finais
Conclusão
Anexo I – Organograma da Junta de Energia Nuclear, 1958
Anexo II – Organograma da Junta de Energia Nuclear, 1968
Anexo III – Organograma do Laboratório de Física e Engenharia Nucleares, 1961
Anexo IV – Organograma do Laboratório de Física e Engenharia Nucleares, 1968
Siglas e Acrónimos
Fontes e Bibliografia Fontes – Arquivos Fontes – Bibliografia Fontes electrónicas Imprensa Legislação
Detalhes:
Ano: 2019
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 356
Formato: 23x16
ISBN: 9789896898182
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