Recomendar livro a um amigo
|
Colaboração com a entidade: Universidade Nova de Lisboa
Sinopse:
A vivência distingue o ser humano feminino e masculino, assim como a evolução histórica preside a sucessivas mutações que, sem pôr em causa o essencial da sua condição de seres humanos, a informa com o acidental das mudanças decorrentes do sem número de circunstâncias que a acompanham. De forma idêntica, a liberdade e a igualdade plasmam¬ se na actualidade/diversidade do ser livre e do ser igual.
(…)
É neste quadro de análise que emerge o ser humano feminino, libertando¬ se das teias de uma sociedade estruturalmente masculinizada, em que ao ser humano masculino era dada a primazia, se não a exclusividade, de domínio. Dizer que às mulheres estava reservado o espaço privado e aos homens o espaço público é sem dúvida um lugar comum que, apesar de tudo, escamoteia uma parte da realidade. Abordar a questão pessoal e social das mulheres apenas nesta perspectiva, conduz, mesmo que inconscientemente, a uma igualização no mundo feminino que se contrapõe à diversidade no mundo masculino. Os trabalhos domésticos são sempre os mesmos, as funções públicas variam, o que significa que aqueles se explicam pela uniformidade, e estes pela multiplicidade. Ora, para a mulher a conquista da liberdade tem também o sentido da conquista da multiplicidade e esta do reconhecimento de predicados comuns a todo o ser humano, feminino e masculino, e, daí, o ocaso da subalternização. Para as mulheres, ser livre significa, pois, romper com os entraves que impedem a sua realização plena como seres humanos na multiplicidade das suas potencialidades. Se a liberdade se define como una e única, ser livre contempla a diversidade e a multiplicidade.
(da Nota de abertura)
Índice:
Nota de abertura
Estudos
Ana Maria Lisboa de Mello Ligações indissolúveis de Cecília Meireles a Portugal
Jeanne de Freitas Pinheiro Souza Fio por fio, o bordado se constrói. As representações de género em livros didáticos brasileiros de língua portuguesa das 7.ª e 8.ª séries
Isabel Drumond Braga e Inês de Ornellas e Castro Saberes e fazeres de Berta Rosa Limpo. A construção de um êxito: O Livro de Pantagruel
Fernando Ribeiro Escrita no feminino – Ana de Castro Osório: Uma Lição da História e Às Mulheres Portuguesas
Ilda Soares de Abreu O Auto das Regateiras de Ribeiro Chiado e a crise conjuntural de meados do século XVI
Moíza Fernandes Almeida O eterno feminino em mulher samaritana
Estado da Questão
125 Associação de Mulheres Contra a Violência
Entrevistas
Margarida Cardoso Michelle Perrot
Pioneiras
Maria Augusta Barbosa Natália Correia Guedes
(Auto) retrato
Carlota Serpa Pinto Fernanda Santos
Toponímia no Feminino Dulce Helena Borges Guarda: Toponímia no feminino II
Leituras
Resumos / Abstracts / Resumes Normas para a apresentação de originais Proposta de assinatura
Nota: A regra ortográfica de cada artigo respeita a opção de autoras e autores.
Detalhes:
Ano: 2013
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 238
Formato: 23x16
ISSN: 0874-6885
|