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Sinopse:
Quem hoje, em 2012, tenha menos de 50 anos, terá muita dificuldade em imaginar como era o Zoio: uma pequena aldeia na Serra de Nogueira, no concelho de Bragança, e como era viver no Zoio, na década de 50 do século passado! Não apenas a aldeia em si, mas a vida sofrida que se vivia, que era quase completamente condicionada pelos árduos trabalhos que uma agricultura de subsistência exigia e pelo atraso, isolamento e esquecimento a que Trás-os-Montes esteve (e ainda está) votado.
Então, se fosse inverno, o esforço de imaginação teria que ser bem maior! Parece que chovia durante dias sem fim, caíam frequentes nevadas e grandes nevões, que transformavam as ruas em autênticos lodaçais durante meses, por onde, apesar disso, era preciso caminhar. Um cenário lúgubre, atrasado, medieval, proporcionando condições de vida diria quase desumanas, a exigirem uma resignação e um espírito de sacrifício que, hoje, dificilmente, somos capazes de conceber, quanto mais de suportar. A quase totalidade das casas de habitação não tinha condições mínimas de habitabilidade: quase todas cobertas apenas de telha vã (não eram forradas), com poucos cómodos e escassa mobília, sem electricidade (chegou no dia de Consoada de 1977), nem água canalizada, nem casas de banho, claro.
Pode parecer por este preâmbulo que a vida era miserável. Não, longe disso. As condições de vida, comparadas com as de agora, é que eram miseráveis. Mas parece que a gente vivia, atrevo-me a dizer, feliz e contente: conversava-se muito, cantava-se muito, assobiava-se muito, ria-se muito, brincava-se muito (miúdos e graúdos), dançava-se muito, práticas que hoje também já se foram. E era-se muito solidário.
Índice:
Preâmbulo As Minhas Razões As Origens O Aspecto da Aldeia nos Anos 50 As Casas de Habitação e Anexos A Economia A Alimentação A Educação A Religião O Vestuário e o Calçado A Higiene Os Grandes Trabalhos A Decrua A Plantação das Batatas Os Fenos A Vima A Segada A Acarreja A Malha A Trilha A Arreiga das Batatas A Sementeira A Apanha das Castanhas Os Grandes Momentos A Mata-Porca A Consoada Os Reis A Serra-da-Velha A Páscoa A Senhora da Serra Figuras Típicas O Ferrador O Capador O Latoeiro / Caldeireiro O sombreireiro Ceguinhos O Retratista Adebertimentos Jogos de Força Atirar o Calhau Atirar o Ferro Atirar a Relha O Pulo Jógo do Fito Jógo dos Paus Jogos de Cartas Sueca Chincalhão Estendrete Bisca de Nove Bisca de Pintas Burro Roubão Jogos de Azar Bugalhas Batota A Vermelhinha (Burmelhinha) Sete e meio Raiola Jogos de Garotos (e de Rapazes) Pirogalo Palma Alar Tiroliro Quem-te-monta Bilharda Chicha Ringue Jogos de roda O Lencinho Jogo da Macaca O anelzinho ELUCIDÁRIO Breves notas sobre a Fonologia, Morfologia e Sintaxe Elucidário Uma história tradicional em “Zoiês” Posfácio
O AUTOR:
Nasceu a 4 de Outubro de 1942, em Lourenço Marques, Moçambique. Vem para o Zoio em 1944, onde fez a primária. Seminário de Vinhais, em 1952; Liceu de Bragança, em 1956; em 1960, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde frequentou Filologia Românica. Em Janeiro de 1964, cadete na Escola Prática de Infantaria, em Mafra. Em Julho de 1965 embarca para a Guiné, como alferes miliciano. Em Setembro de 1967, Paris. Em Julho de 1970, Lausanne, Suíça. Em 1973, Porto. Em 1974, Lisboa. Regressa ao Porto em 1978, onde vive. Fez toda a sua vida profissional, desde Novembro de 1967, ligado à informática de gestão. Casado com uma cidadã britânica desde Dezembro de 1973, tem cinco filhos e sete netos. O Zoio é, obviamente, a sua segunda casa.
Detalhes:
Ano: 2013
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 324
Formato: 24x17
ISBN: 978-989-689-293-7
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