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Sinopse:
O José Monteiro Baptista é um homem inteligente, culto, trabalhador e de princípios firmes. O seu modo de estar na vida concilia valores que só aparentemente podem ser vistos como contraditórios. Ele é conservador, mas é um democrata, é um homem de convicções, mas é tolerante, tem uma forte noção de Pátria, mas defendeu a independência do ex-Ultramar. ¶ ¶ Natural de Unhais-o-Velho, é um homem das Beiras, beirão no que isso possa representar no imaginário português. Mas, sem contradição, é, convicta e intrinsecamente, um homem da cidade. A sua urbanidade sobrepõe-se à visão fechada e restrita da aldeia. É um homem com mundo e não apenas pela sua vida profissional, mas essencialmente pela sua maneira de ser. ¶ ¶ É um homem com uma vida rica de experiências e de vivências, em vários contextos sociais e geográficos. Pelo que sei e conheço, sempre se adaptou e conviveu bem em todos os meios e sociedades em que trabalhou e viveu. (...) ¶ ¶ Ingressou na Carreira Diplomática a seguir ao 25 de Abril, assumindo o seu primeiro posto no Consulado-Geral de Portugal na cidade da Beira, Moçambique, em Setembro de 1977. Começa, assim, a carreira num Posto de risco elevado, confrontado com uma situação de guerra civil entre a Frelimo, o partido no poder, e a Renamo, apoiada pela então Rodésia e pela África do Sul. (...) ¶ ¶ Desde sempre a sua preocupação recai sobre a comunidade portuguesa e a defesa dos seus legítimos interesses nos países de acolhimento. (...) ¶ ¶ Ao ler as Memórias, fica-se com a convicção de que Monteiro Baptista desempenhou o seu papel de diplomata com empenho, dedicação e, acima de tudo, com orgulho em representar Portugal, nos países em que esteve. (...) ¶¶ A convicção com que ficamos, ao ler as memórias d’aqui e d’além, é de que não se fez justiça a quem tanto deu a Portugal.
[NELSON LOURENÇO (Professor Catedrático da Universidade Nova de Lisboa)]
Índice:
Prefácio
Nota Prévia
I. A FAMÍLIA, A MINHA INFÂNCIA, ADOLESCÊNCIA E JUVENTUDE Os meus pais Os meus avós maternos Os meus avós maternos e padrinhos Os meus avós paternos O meu bisavô Joaquim Monteiro e as Minas da Panasqueira O desembargador Dr. José Acúrcio das Neves O meu tio-avô é considerado desertor em tempo de guerra As minhas moléstias, a preocupação da família e a escola A ida para o Colégio Brás Garcia de Mascarenhas A casa do Porto da Balsa e os “monteiros-mores” do então concelho de Fajão A transmissão da história da família, escrita e oral Famílias titulares originárias da Beira O trisavô Manuel Antunes (da freguesia do Vidual de Cima) casou nas Torrozelas Os descendentes de João da (Costa) Cruz (Aguiar) Lavrador e de Maria Nunes
II. EM ANGOLA A escolha entre o campo ou a cidade e o reingresso no exército Tempos difíceis para Angola e sua população Os ataques de 4 de Fevereiro de 1961 e os seus efeitos Surge a “OPVDCA” 15-16 de Março de 1961 – início da guerra do Ultramar O G.A.C. de Luanda envia um pelotão para o Tôto A evacuação da população da vila do Bembe À espera do ataque ao Tôto Em Portugal, a rádio anunciou a morte em combate do “sargento Monteiro” A missão a Bessa Monteiro, a “cova de lobo” e o acidente com o jeepão As missões mais arriscadas couberam ao pelotão do GACL O BC-3 e subunidades foram louvados e condecorados com a Medalha de Ouro A Medalha de Ouro de Valor Militar e a placa descerrada no átrio do GACL A Academia Militar O abandono da vida militar (o regresso a Lisboa) O regresso a Angola A colocação no distrito de Huíla Na chefia dos postos administrativos do Chiéde e de Cafima Os bosquímanes e a epidemia de varíola A Missão Católica de Cafima A tranquilidade do meio e a reflexão sobre a minha vida
III. O REGRESSO A PORTUGAL A volta aos estudos e a recuperação de algum do tempo perdido A frequência do ISCSP/UTL
IV. O REGRESSO A ANGOLA Colocação na cidade de Porto Alexandre A administração do concelho As menções do governo do distrito Portugal precisa de “mais um murro” Problemas internos no “MFA” desviaram a atenção do Ultramar A descolonização desilude o general Eanes
V. NOVO REGRESSO A PORTUGAL O casamento de dois colegas em que não estive presente A saída estratégica para Vila Real de Santo António A integração no Quadro Geral de Adidos e a desordem nacional Os custos de uma guerra de guerrilha durante 14 anos O “PREC” e as comissões de saneamento A tentativa golpista do PCP, em 25 de Novembro de 1975 O contragolpe ao golpe do PCP Acompanhei com preocupação o chamado “PREC” A grande e decisiva manifestação-comício na Alameda Dom Afonso Henriques e o célebre discurso do Dr. Mário Soares
VI. INGRESSO NA CARREIRA DIPLOMÁTICA Concorri ao concurso para Adidos de Embaixada A lista dos candidatos aprovados para Adidos de Embaixada A injúria antipatriótica antes de entrar ao serviço do MNE Colocado na “PAA” “Intimado” a ser chefe da repartição por dois meses A abertura do Consulado-Geral na cidade da Beira e o envio de um diplomata Dão-me oito dias para decidir As palavras reconfortantes de S. Exa. o Ministro
VII. EM MOÇAMBIQUE (No Consulado-Geral na Beira) Colocado no Consulado-Geral, na cidade da Beira O Consulado-Geral de Portugal na Beira era um posto de alto risco A luta dos moçambicanos pela sobrevivência Cabora Bassa passou a fornecer géneros alimentares O esbulho de bens dos cidadãos portugueses Urgia dar uma resposta a esta situação Telegrama de Dez. de 1979, do senhor encarregado de negócios, para o MNE
VIII. NO BRASIL (Nos Consulados em Belo Horizonte e em Curitiba) Colocado no Consulado de Portugal em Belo Horizonte – Minas Gerais Comuniquei a tomada de posse e iniciei visitas de cortesia O meu maior empenho, além da comunidade, foram a cultura e o social A imprensa é atrevida Os órgãos de comunicação social e seus responsáveis Visitas de políticos ilustres e outros O professor Aníbal Cavaco Silva e senhora, em Minas Gerais A reunião de cônsules em Brasília A humilhante lei n.º 6815, de 19.08.1980, e sua alteração Lançamentos e congressos durante o ano de 1980 A participação no desfile do 7 de Setembro, pela 1.ª vez, e a oferta de flores A condecoração do eng.º José Mendes Júnior, pelo embaixador de Portugal A “Votorantim”, a maior empresa da América do Sul
NO ESTADO DO PARANÁ Missão de serviço no Consulado em Curitiba A comunidade portuguesa e luso-brasileira Na primeira oportunidade que tive, assisti à reunião de cônsules Entrevista ao jornal Curitiba Shopping e notícias na revista social Quem A despedida de Curitiba e o regresso a Belo Horizonte Visita dos senhores embaixador e embaixatriz a Minas Gerais Visitas de membros do governo português O primeiro-ministro de Portugal, em Minas Gerais Cônsul de Portugal homenageado pela Academia Municipalista de Letras
IX. O DESEJO DE REGRESSO A LISBOA A injúria infame e antipatriótica antes de entrar ao serviço do MNE O livro 25 de Novembro de 1975 – Os comandos e o combate pela liberdade O novo Estatuto da Carreira Diplomática e a Comissão de Saneamento do MNE/PREC As preocupações e sugestões da Associação Sindical A seguir a Curitiba seria Porto Alegre De férias em Portugal
X. EM FRANÇA (no Consulado em Nogent-sur-Marne) Na gerência do Consulado em Nogent-sur-Marne (e a atitude abusiva e prepotente do sr. director-geral A cerimónia de homenagem a Portugal Cerimónia de homenagem ao Corpo Expedicionário Português de Combatentes Em defesa das famílias portuguesas As relações com a Prefeitura de Val-de-Marne e a Mairie de Nogent A geminação da vila de Nazaré com a cidade de Nogent-sur-Marne O telefonema do adjunto do director-geral dos Serviços Centrais para o cônsul-geral em Paris O reconhecimento dos funcionários do Consulado de Nogent-sur-Marne A visita ao Consulado do prefeito senhor Henry Rouanet Jantar em casa do subprefeito senhor René Maurice Visita ao Consulado do subprefeito senhor Cristian Petit
XI. NA VENEZUELA (no Consulado-Geral em Caracas) Em Lisboa, a preparar a ida para o “inferno” de Caracas A chegada a Caracas A primeira reunião com todo o pessoal consular A descoberta de irregularidades e a expulsão por “justa causa” de três funcionários Em determinado momento receei pela minha vida A visita do secretário de Estado das Comunidades à Venezuela e a questão dos apátridas A 1.ª tentativa de golpe de Estado O plano de defesa e evacuação, a pedido da CEE A 2.ª tentativa de golpe de Estado O movimento “bolivariano” nacionalista-xenófobo e a comunidade portuguesa A ida ao Ministério das Relações Exteriores em Defesa da nossa comunidade A ocupação do Consulado-Geral pelos professores A visita oficial do primeiro-ministro a Caracas
XII. O REGRESSO DEFINITIVO A PORTUGAL A graduação para a promoção a conselheiro de Embaixada e os factores “A” e “B” A minha não promoção a ministro de 2.ª classe No Instituto Camões, como Director dos Serviços Centrais A questão das ajudas de custo no Instituto Camões Assumi a presidência da COREPE em Janeiro de 1998 Membro da Comissão Nacional de Eleições (CNE), de 2000 a 2005 S. Ex.ª o secretário de Estado outorga-me a “Medalha de Mérito das Comunidades” O louvor de reconhecimento de S. Ex.ª o secretário de Estado das Comunidades Nota Biográfica Condecorações, Louvores e Menções Placas de reconhecimento e homenagem de instituições lusas e outras
Detalhes:
Ano: 2018
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 442
Formato: 24,5x17
ISBN: 978-989-689-743-7
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