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Sinopse:
Sobre São João de Deus foram-se sucedendo ao longo dos séculos, desde 1585, ensaios biográficos – alguns devotos, outros imaginosos, só alguns analíticos – da acção por ele empreendida em favor dos doentes. Ao celebrarem-se 450 anos do reconhecimento pontifício (Pio V) da Fraternidade Hospitaleira de S. João de Deus (1 de Janeiro de 2022 – 1 de Janeiro de 2023), a que o Papa Francisco se associou, Aires A. Nascimento, com largo currículo científico histórico-hagiográfico, toma à sua conta rever questões histórico-hagiográficas sobre a figura de João de Deus e retomar problemas, sujeitando-os a critérios de verdade, na novidade do que eles representam na assistência hospitalar do seu tempo. ¶¶ • Estranha o autor que outros não tivessem atinado com a sigla de assinatura usada por João de Deus quando terminava as suas cartas. ¶¶ • Dá aqui a sua interpretação, não duvidando em reconhecer nessa sigla a expressão de uma vida inteiramente dedicada aos mais abandonados. O que ele grafava como Yfo é, para o autor, um modo de identificação com Cristo, que, segundo a lição paulina, “se fez tudo para todos”. João de Deus reduzia a sigla o que, no texto bíblico, em latim, era, por extenso, Yoannes factus omnia omnibus, que, em tradução portuguesa, é “João feito tudo para todos”; assume-se que o vale como redução (ou haplologia, para não repetir e não quebrar a harmonia tripartida do desenho da sigla). ¶¶ • Poderá o leitor encontrar aqui também as notas fundamentais da acção hos-pitalar de João de Deus, em decisões que tornaram o cuidado com os doentes digno de nos revermos no acompanhamento que lhes proporcionamos, não só em cuidados técnicos e medicamentosos, mas também afectivos. ¶¶ • Dedica-se esta obra a todos os cuidadores dos doentes – domésticos e hospitalares – que têm em S. João de Deus o patrono que merecem.
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No funeral de João de Deus incorporou-se gente de várias origens: “gentes infindas, faziam lamentos por ele; não apenas cristãos-velhos, mas mouriscos também, que choravam e iam dizendo, no seu linguajar, o bem e as esmolas e o bom exemplo que a todos tinha dado, e gritavam invocando mil bênçãos”. (F. Castro) ¶¶ A beatificação de João de Deus, teria lugar a 21 de Setembro de 1630, por Urbano VIII; a canonização viria sessenta anos mais tarde, devida a Alexandre VII, em 16 de Outubro de 1691. Para a celebração da sua memória foi indicado o dia 8 de Março, que foi a data do seu falecimento (de quinta para sexta feira), com a idade de 55 anos, em 1550, atravessando meio século em que outros se dedicavam a procurar o Novo Mundo...
Índice:
1. Um santo da nossa terra em misericórdia para o mundo 2. De João Cidade a João de Deus: um lema de acção, – Yoannes factus omnia omnibus – João feito tudo para todos 3. Pelos caminhos da misericórdia: João Cidade tocado pela palavra de Mestre Juan de Ávila 4. Da compaixão a estruturas de acolhimento: “vêm aqui muitos pobres” 5. Em busca de novos modos de assistência 6. Pedir para os pobres que ninguém conhece, em simplicidade de irmão 7. Misericórdia sem limites: louco com os loucos, pobre com os pobres 8. O santo da romã – emblema de identificação
Apêndice: as cartas de João de Deus – Autenticidade e autografia – Correspondentes 1.ª carta à Duquesa de Sessa 2.ª carta à Duquesa de Sessa 3.ª carta à Duquesa de Sessa 1.ª carta a Guterres Lasso 2.ª carta a Guterres Lasso carta a Luís Baptista Canción al bienaventurado San Juan de Dios
Epílogo: Seguindo os passos de João de Deus – quadro cronológico
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AUTOR:
AIRES A. NASCIMENTO, Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Letras de Lisboa e Sócio de várias Academias Científicas (ACL, APH, entre as nacionais, e outras do estrangeiro) acrescenta aqui ao seu largo currículo científico esta obra hagiográfica dedicada a João de Deus, o santo da acção hospitalar. Com ela associa-se ao 450º aniversário da aprovação da Fraternidade Hospitalar dos Irmãos de S. João de Deus e presta homenagem aos profissionais e curadores da saúde, destacando a novidade da acção do santo português que, nascido em Montemor-o-Novo, se dedicou inteiramente a cuidar dos doentes, em Granada, onde faleceu com 55 anos de idade, em 1550. Conseguiu ele fundar um Hospital próprio que entregou ao cuidado de amigos. Hoje reconhecemos a sua dedicação aos doentes, transformando os cuidados que lhes eram prestados e dando atenção particular aos doentes mais profundos.
Detalhes:
Ano: 2023
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 138
Formato: 23x16
ISBN: 9789895662647
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