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Sinopse:
«Obra de uma precisão exemplar e simultaneamente de uma beleza límpida no seu veio narrativo, enquanto tessitura de recordações assumidamente pessoais embora arreigadamente políticas (…). A Noite Mais Longa de Todas as Noites é pois uma obra tecida com o fio do júbilo dos ideais, mas igualmente com os acontecimentos vividos no nosso país, então asfixiado por uma longa, cruel e impiedosa ditadura. Sendo tudo isto elaborado com uma vivacidade e uma argúcia que nos leva a lê-la até chegar ao fim, para logo desejar tornar ao seu começo». [MARIA TERESA HORTA] *************************************************************** «Nunca vi as comemorações do 1.º de Maio no Rossio de Lisboa, em tempo de clandestinidade, tão intensamente descritas (e vividas) como no relato de Helena sobre esse dia de 1962». [LUÍS FARINHA] *************************************************************** «As estórias que Helena Pato vai contando valem, primeiro, pela valência pessoal de sabor autobiográfico, de grande despojamento, sobriedade e elegância, mesmo se tal não é o principal propósito, e, depois, por serem o retrato de uma época de 'resistência contra a ditadura'». [JORGE SAMPAIO]
Índice:
“Uma escrita luminosa” de Maria Teresa Horta
1. Medos
2. Da aldeia para Lisboa
3. Uma infância no Pós-guerra
4. Erva das valetas, minha senhora
5. Um vestido sem mangas no liceu?
6. O Decreto-Lei e a pancadaria nas escadinhas
7. A Biblioteca Cosmos e a rádio clandestina
8. Os combates no fim da adolescência: da Politécnica a Campo de Ourique
9. A-ssa-ssi-nos! A-ssa-ssi-nos!
10. Dia do Estudante: um, dois, três, e lá ia ele outra vez…
11. A Fuga
12. Flausina em tempo de resistência
13. Alfinetadas
14. Um réveillon triste
15. As Simones
16. De cerzideira a auxiliar de limpezas pesadas
17. Exílio no feminino
18. Missiva no tempo das cerejas
19. Mudanças na Primavera
20. Coimbra cheirava a flores
21. Exílio no Quartier Latin
22. História de uma viagem rumo ao socialismo
23. Primeiro de Maio, dia de muguet
24. O sofrimento não tinha fim e a guerra colonial também não
25. Condenado à morte no prazo concedido pela PIDE
26. Conta comigo!
27. Jogo de futebol no Pinhal de Leiria
28. A minha prisão e a náusea
29. Solidão: arma tão poderosa como a tortura
30. Erro meu, má fortuna
31. Mães em tempo de ditadura
32. Cinco segundos
33. Um pai natal
34. Uma pêra e tudo sem sentido
35. A blusa das flores
36. Dias alegres aqueles
37. Um bife na Brasileira do Chiado
38. Acordar em casa
39. Vozes embrulhadas em silêncio
40. Um amor, dois filhos, uma vida
41. O cabelo branco do amigo clandestino
42. Traficando dólares
43. A menina que veio do frio
44. Marcelo deixa cair a máscara
45. As férias, a PIDE e a GNR
46. Encontros clandestinos num portão do Jardim da Estrela
47. Um situacionista com carácter
48. Os garotos que roubavam fruta na mercearia do bairro
49. Ricas vizinhas
50. Roubo de um carro às forças policiais
51. A prisão de José Tengarrinha
52. Dois tiros na noite e as nossas horas de aflição
53. É pide, é pide, é pide!
54. Os professores na alvorada da Revolução
55. Confissões, traições e favores
56. Ana, uma negrinha doce que tapava o riso
57. No teu voto a força do Povo
58. Canção das Pombas Adormecidas
59. Um Memorial
60. Valeu a pena, sim
Umas memórias despojadas mas empolgantes de Luís Farinha
Encontros com a História de Jorge Sampaio
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AUTORA:
Helena Pato nasceu em Mamarrosa (Aveiro), em 1939. Militou activamente na Resistência, durante as duas décadas que antecederam a Revolução, tendo sido presa e detida várias vezes pela polícia política. Acompanhou o marido no exílio até ao seu falecimento, em 1965. Em 1967 esteve presa seis meses na Cadeia de Caxias, sempre em regime de isolamento. Dirigente estudantil (1958 a 1962); dirigente política da CDE (1969 a 1970); fundadora do MDM (1969) e sua dirigente (1969 a 1971). Integrou o núcleo de professores que, durante o fascismo, dirigiu o movimento associativo docente (1971 a 1974). Fundadora dos sindicatos de professores (1974), foi dirigente do SPGL nos seus primeiros anos. Licenciada em Matemática, a sua vida profissional foi dedicada ao ensino de crianças e de jovens e à formação docente: leccionou durante 36 anos no ensino público e publicou livros e estudos, no âmbito da Pedagogia e da Didáctica da Matemática. Coordenou Suplementos de Ciência e de Educação em jornais diários. Dirigente do Movimento Cívico Não Apaguem a Memória (NAM), desde 2008; presidente do NAM de 2012 a 2014. Em 2013 criou no facebook e coordena, desde então, a página Antifascistas da Resistência e o grupo Fascismo Nunca Mais. Publicou dois livros de memórias do fascismo: Saudação, Flausinas, Moedas e Simones (2005, Editora Campo das Letras) e Já uma Estrela se Levanta (2011, Editora Tágide).
Detalhes:
Ano: 2022
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 260
Formato: 23x16
ISBN: 9789896897611
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