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Sinopse:
• O golpe de Estado protagonizado em 25 de Abril de 1974, por vasto número de militares, maioritariamente pertencentes ao Exército, constituiu a força motora para Portugal acertar contas com a História, procedendo à transferência e entrega do poder nas antigas colónias portuguesas às lideranças dos seus povos. ¶ • Aceitei o desafio do comandante Carlos Almada Contreiras para dar corpo a um livro que versasse o lapso de tempo entre 25 de Abril de 1974 e a data da independência de Angola. E isto, porque os acasos da vida proporcionaram-me uma tribuna privilegiada para assistir ao nascimento de uma nova nação, em virtude de, no cumprimento do serviço militar obrigatório, ter sido mobilizado para prestar serviço em Angola e ali colocado como secretário da CCPA (Comissão Coordenadora do Programa em Angola). No desempenho dessas funções fui o autor de algumas fontes primárias citadas nesta obra, nomeadamente, as que contemplam o período compreendido entre Fevereiro e Outubro de 1975.
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No discurso de encerramento da cimeira [de Alvor], o PR [Gen. Costa Gomes] congratulou-se com o fim de um capítulo “que forças retrógradas prolongaram injustamente”, elencando de seguida as etapas conducentes à declaração de independência a 11 de Novembro de 1975. Reconheceu os três ML como os legítimos representantes do povo angolano e apelou à sabedoria dos dirigentes para saberem encontrar “soluções angolanas autênticas”. (Pág. 137) ¶¶ [Agostinho Neto] Afirmou ainda que “o elemento fundamental para o êxito da luta de libertação foi finalmente adquirido e não consentiremos mais que as divergências não fundamentais sejam transformadas pelos nossos inimigos em disputas graves”. (Pág.138) ¶¶ O Alm. Rosa Coutinho refere ao cônsul-geral dos EUA em Luanda as suas impressões sobre o Acordo de Alvor. Considerou-o como o melhor que poderia ter sido conseguido, dado o espírito de cooperação entre os ML não ser muito sólido, mas seria o bastante para trabalharem em conjunto. Acreditava que o mecanismo de governo acordado deveria perdurar por uns quantos meses, até à independência. (Pág. 140) ¶¶ Henry Kissinger dá instruções ao seu consulado-geral em Luanda para, em nome do povo e do governo norte-americano, manifestar satisfação pelo sucesso das conversações que “levaram à formação do governo destinado a conduzir Angola durante o período de transição até à independência”, e reforçar a ideia de cooperação futura entre os povos dos EUA e de Angola, donde resultassem benefícios mútuos. (Pág. 145)
Índice:
Introdução Siglas e acrónimos O movimento dos capitães em Angola 25 de Abril Costa Gomes desloca-se Angola Portugal cessa operações ofensivas contra ML Ministro da Coordenação Interterritorial visita Angola Suspensão das hostilidades com a UNITA Mal-estar entre o MFA e Silvino Silvério Marques Incidentes graves em Luanda MFA exige a demissão de Silvino Silvério Marques Silvino Silvério Marques deixa Angola Rosa Coutinho nomeado presidente da Junta Governativa de Angola Nova onda de violência em Luanda Início do I Congresso Ordinário do MPLA MPLA procura a unidade interna Formação de um governo provisório Spínola encontra-se com Mobutu na ilha do Sal “Forças vivas de Angola” são recebidas por Spínola em Lisboa Costa Gomes nomeado Presidente da República Início das conversações de paz com FNLA Cessar-fogo com FNLA Fim das hostilidades com MPLA Tentativa de golpe de Estado protagonizada por FRA/ESINA/MOPUA/UNA Junta Governativa encontra-se com Savimbi Tropas portuguesas rebelam-se em Cabinda Violência regressa a Luanda Governo português prepara conversações com ML Governo português a postos para negociar com ML Agostinho Neto e Jonas Savimbi encontram-se no interior de Angola ML chegam a plataforma comum para negociar com Portugal Em Alvor… até ao Acordo Cooperação Cuba/MPLA Criados Governo de Transição, Comissão Nacional de Defesa e Estado-Maior Unificado e extinta a Junta Governativa Revolta de Leste atacada pelo MPLA, em Luanda Nova sublevação de tropas portuguesas em Cabinda Chipenda integra-se na FNLA Pretensa tentativa de tomada do poder Existe mal-estar entre CCPA e alto comissário O AC informa o ACNUR ter sido aceite o nome proposto para delegado permanente daquele organismo em Angola. Actuação das FAP passa a pautar-se pelo acordado em Alvor Primeira onda de violência em Luanda, após Alvor FNLA massacra recrutas das FAPLA Relacionamento CCPA-Alto Comissário continua a deteriorar-se Persiste a instabilidade em Luanda Representantes da ONU e OUA em Luanda CCPA apresenta estudo de situação Novos confrontos violentos em Luanda Entra em cena o Poder Popular Violência de Luanda alastra ao restante território CND vai aprovando Melo Antunes procura “apagar” mais um fogo Começam a afluir a Lisboa refugiados angolanos CR aprova política de neutralidade activa para Angola CCPA analisa o processo de descolonização EUA mantêm-se atentos à descolonização angolana Mais violência Portugal diligencia junto da República do Zaire enquanto economia angolana colapsa Saúde do AC deteriora-se Ainda mais violência em Luanda… e no restante território UNITA passa a beneficiar de ajuda americana Intensifica-se partida da população branca e EUA estudam forma de intervir em Angola Conferência de Nakuru EUA aumentam ajuda aos opositores do MPLA e AC queixa-se a diplomata americano Mais ajuda americana à FNLA e a CIA chega a Angola Inicia-se a guerra por Luanda Decidido deter entrada de forças da FNLA em Luanda. EUA planeiam intervenção em Angola FNLA é expulsa de Luanda FNLA e MPLA procuram resolver divergências, sem sucesso Inicio da Operação IAFEATURE: os EUA “avançam para Angola” Mobutu concorda colaborar com os EUA na ajuda à FNLA e UNITA FNLA ameaça regressar a Luanda Incidentes na Vila Alice. Mais dólares para a guerra em Angola Primeiro fornecimento de armas dos EUA AC é exonerado da função Paralisia do Governo de Transição UNITA abandona Luanda Neto procura entendimento com Savimbi Aprovados 14 milhões de dólares de ajuda americana à FNLA e UNITA Cuba avalia situação angolana Portugal denuncia à ONU e OUA violações do Acordo de Alvor Acções inconvenientes da UNITA contra as FAP Suspensão do Acordo de Alvor EUA oferecem transporte para refugiados MPLA mantém conversações com UNITA, em Lisboa Almirante Leonel Cardoso toma posse como alto comissário Comissão Nacional de Descolonização pronuncia-se sobre processo angolano ELNA sofre derrota em Caxito Principal prioridade de Portugal: repatriar os refugiados Diligências africanas para solução pacífica em Angola Condições americanas para aumentar os meios aéreos empenhados no transporte de refugiados Aumenta pressão americana sobre Portugal Denúncia da intervenção americana em Angola publicada no jornal The New York Times AC diligencia para encontrar solução para transferir poder Portugal aceita as condições norte-americanas AC pede instruções a Lisboa Apesar de tudo, EUA mantinham a pressão Chegam a Angola os primeiros carregamentos de ajuda cubana destinados ao MPLA Comissão de Conciliação da OUA visita Angola Início da Operação Savannah Os americanos analisam situação Ainda mais pressão americana FNLA e forças zairenses preparam ataque a Luanda Novamente as armas Política da RPChina para Angola Operações encobertas dos EUA em Angola Opções portuguesas Termina a ponte aérea para repatriamento de refugiados Opções americanas para reconhecimento do poder em Angola Início da Operação Carlota FNLA uma vez mais repelida em Quifandongo Administração americana presta informações ao Senado sobre intervenção em Angola Cabinda é atacada por mercenários Posições internacionais sobre o reconhecimento do regime angolano Angola acede à independência Notas de fim Índice remissivo
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AUTOR:
ANTÓNIO C. BELO, nasceu em Junho de 1951, em Lisboa. É licenciado pela Faculdade de Direito de Lisboa. Trabalhou em empresas do sector da comunicação social e da aviação comercial, bem como em comércio internacional. Colaborou com a Comissão Executiva das Comemorações dos 25 Anos do 25 de Abril, tendo de seguida passado a exercer as funções de secretário executivo da Associação 25 de Abril. Reformado desde Agosto de 2015. Traduziu de várias obras de autores franceses e anglo-saxónicos, publicadas por diversas editoras. Foi incorporado para cumprir o Serviço Militar Obrigatório em 22 de Abril de 1974, em Mafra. Após a conclusão do Curso de Oficiais Milicianos foi colocado no Regimento de Artilharia Pesada n.º 2 (Vila Nova de Gaia), donde foi mobilizado por imposição para Angola. Ali permaneceu entre Fevereiro e Outubro de 1975, desempenhando as funções de secretário da Comissão Coordenadora do Programa do MFA em Angola, depois Conselho Coordenador do Programa em Angola. Após regressar a Portugal, esteve colocado no Gabinete de Angola/Presidência da República e, após a extinção deste órgão, no gabinete do ministro da Cooperação, Cmdt Vítor Crespo, até ao fim do VI Governo Provisório.
Detalhes:
Ano: 2022
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 564
Formato: 23x16
ISBN: 9789895660384
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