Rostos Graníticos

Relatos da Povoação de Cabeçudos




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Sinopse:

As personagens, que aqui apresento, tiveram, regra geral, vidas duras, de privações materiais. Muitos garantiram o seu sustento trabalhando de sol a sol, porque "o dia em que se não come é um dia a menos para a morte". Ostentavam nas suas faces as marcas do tempo e do trabalho árduo: eram rostos enrugados e retalhados, que se assemelhavam aos trilhos que percorreram, olhos fundos e lábios encolhidos devido à falta de dentes. Os sulcos nos rostos, a tez escura que ostentavam foram, durante décadas, expostos à inclemência do excesso de exposição ao sol e ao frio. Faziam lembrar o granito com os seus veios e a sua textura. Estas faces duras faziam jus aos locais onde sempre viveram e trabalharam arduamente, as courelas e as hortas, recortadas por perfis graníticos no horizonte. ******************************************************** Toda a zona onde decorrem os episódios aqui apresentados é, em termos geológicos, granítica, com afloramentos rochosos de grande e pequena dimensão, deixando, aqui e ali, espaços generosos e libertos que constituem zonas planas de prados, que permitiam a agricultura de subsistência. Apesar de apresentar um aspeto, para quem observa de longe, algo árido, a vertente norte do concelho de Marvão é rica em imensas fontes e nascentes, cuja água brota do meio dos rochedos o que permite a existência de muitas hortas, onde se cultivava de tudo um pouco. ¶ A existência destes proeminentes rochedos por todo o lado põe o imaginário a funcionar. Há pedras que parecem rostos, animais e bancos com encosto para quem for contemplativo e se quiser sentar a apreciar este maciço pedregoso, repleto de esculturas naturais, quiçá, esculpidas por uma força maior no início da formação do planeta.

Índice:

Prefácio
Introdução
O porquê do título: Rostos Graníticos

Capítulo primeiro – As gentes da terra
O ti Jaquim Galacho e as festas da padroeira
O ti Joaquim Ramos e a quinta do Laranjal
O ti João Magrinho
O Rafael Maneleta
O ti Pedro da Mouta Rasa e o peditório dos santinhos
O ti João Passarito
O ti Diogo e a ti Mari Tomásia
O Gato Bravo e o Zé Psedonhe
O Jaquim do Bernardo
O Balsinha
Memórias de Domingos Batista, pastor e poeta popular dos Cabeçudos
O pescador
O “ti Zé da vila”
Manuel Carrilho Felizardo
O episódio das calças e jaquetas Old Chap

Capítulo segundo – As tradições e as ocupações ancestrais
Os ritos de passagem da juventude para a idade adulta: a Festa das Sortes
As fogueiras de Natal e passagem de ano
A matança dos porcos
Os fogareiros da povoação de Cabeçudos
A “fega” (trasfega) da azeitona
O lagar da Escusa
Fotografias

Capítulo terceiro – As atividades de lazer
Os rituais de convívio social masculino e feminino no lazer e no trabalho
As pescarias no rio Sever
Brincadeiras de faz de conta
Episódios de caça
Crime e castigo (chorar sobre o azeite derramado)
A reinvenção do real através do imaginário

Capítulo quarto – A escola portuguesa nas décadas de 70 e 80, do séc. XX, e o meu percurso académico
A Escola Primária dos anos setenta
Experiências iniciáticas: a passagem do campo para a cidade e o meu percurso académico
A caixa mágica: a televisão e a Telescola

Capítulo quinto – O contrabando, as passagens clandestinas e os refugiados
As passagens clandestinas
Noite de contrabando
Os refugiados do passado e da atualidade

Capítulo sexto – Memórias da aldeia de Cabeçudos
O largo da taberna
O poder nefasto das crendices
O forno de pão comunitário dos Cabeçudos
Nas brumas da memória
Construções primitivas em Cabeçudos
No colo dos penedos

Em jeito de conclusão

Posfácio


* * * * *


HERMÍNIO Manuel Batista FELIZARDO, natural de Cabeçudos, freguesia de Santo António das Areias – Marvão, é licenciado em Artes Plásticas – Escultura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Docente do terceiro ciclo e secundário de Educação Visual e Desenho. Tem mantido atividades ligadas às Artes Plásticas: Escultura, Pintura, Desenho, Humor gráfico, Ilustração e Banda Desenhada. Foi homenageado, em 2004, na Tertúlia de Banda Desenhada de Lisboa, dinamizada por Geraldes Lino. Ganhou o primeiro prémio do certame internacional “Moura BD – 2011” na modalidade de “cartoon”.

Detalhes:

Ano: 2022
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 196
Formato: 23x16
ISBN: 9789895661749
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