Práticas da Cultura na Raia do Baixo Alentejo

Utopias, Criatividade e Formas de Resistência




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Autoria: Dulce Simões

Sinopse:

Entre os méritos deste livro, destaco a centralidade das vozes e das histórias de vida dos protagonistas das práticas expressivas e rituais em estudo e de outros agentes locais que desempenharam um papel central nos processos estudados. (…) Por outro lado, a perspectiva crítica adoptada pela autora em torno do património e do processo de patrimonialização protagonizado pela UNESCO, pode ser lida como um convite para repensarmos o conceito do “património” enquanto modelo fixo a ser “preservado” assim como os usos do património no âmbito do regime neoliberal actual. ¶ [SALWA CASTELO-BRANCO] ******************************************************** En el estudio de la evolución histórica hasta el presente de los cantes y los bailes tal como son ejecutados por los cantadores, bailadores, grupos corales o estudiantinas – y de las instituciones que los organizan – de la zona se puede ir comprendiendo la indisoluble relación entre música y política. (…) Por tanto, la música es una herramienta para la construcción de identidades, un vehículo para la transmisión de sentido a algunas acciones que derivan su significación a través de la afirmación identitaria que aportan; están conectados a historias que ubican a las personas en el tiempo y el espacio. ¶ [HERIBERTO CAIRO CAROU] ******************************************************** Desde uma perspectiva histórica e etnográfica a autora analisa as transformações económicas, políticas e sociais do mundo rural e as suas repercussões nas práticas e expressões culturais da raia do Baixo Alentejo, partindo do cruzamento de fontes escritas e orais. Desde uma perspectiva crítica interroga os processos de patrimonialização e a criatividade social, a partir da análise de um conjunto de manifestações culturais que reforçam o sentido do comum e a utopia de uma sociedade mais justa.

Índice:

Notas & Agradecimentos

Prefácio de Salwa Castelo-Branco

1. Introdução a um passado presente, em modo de alegoria
1.1. O Alentejo da Margem Esquerda em projecto
1.2. Tu cantas à espanhola e também à alentejana

2. O canto polifónico alentejano: experiências e expectativas
2.1. O Estado Novo: propaganda e domesticação pelo folclore
2.2. As Casas do Povo: doutrinação ideológica e resistência política
2.3. A “educação para o povo”, na domesticação dos corpos
e das mentes

3. A institucionalização dos grupos corais e a promoção do Alentejo
3.1. A institucionalização do grupo coral da Casa do Povo
de Barrancos
3.2. A criatividade de António Xarrama Rodrigues (Cumbreño).
3.3. Os universos musicais de Manuel Torrado Marcelo (Chicuelo)

4. A Revolução de Abril e os horizontes de esperança
4.1. A Contra-Reforma Agrária e a politização dos grupos corais
4.2. O canto no feminino: espaços de sociabilidade e de criatividade
4.3. O património cultural imaterial e a mercantilização da cultura

5. As festas, as músicas e os imaginários culturais
5.1. O ciclo festivo em Barrancos, entre o passado e o futuro
5.2. Os imaginários do flamenco: para buscar al duende no hay mapa
5.3. As Estudantinas da Amareleja na “sociedade do espectáculo”
5.4. Dicen las sevillanas que San Isidro es novio de la Virgen
de las Paces
5.5. O tamborileiro faz falta, é o anúncio da Festa!
5.6. Encontros de culturas em Serpa e Mértola: utopias e formas de reinventar o mundo

6. Algumas considerações sobre a cultura de uma região em projecto

Posfácio de Heriberto Cairo Carou

Referências bibliográficas

Anexos
Quadras de Barrancos no Cancioneiro Nacional do Baixo Alentejo,
de Joaquim Baptista Roque (1947)

Modas de António Xarrama Rodrigues (Cumbreño)

Modas de Manuel Torrado Marcelo (Chicuelo)

Diagrama de Parentesco de Manuel Torrado Marcelo (Chicuelo)

Cantadores de Barrancos, por ordem alfabética

Arquivo Histórico Municipal de Barrancos

Concurso de Cantares Alentejanos (troféus e diplomas)

Festa de Cantares Alentejanos, junho, 1974

Composição de Marcos Martín, director do Orfeão do Centro Cultural e Artístico Los Amigos del Arte, de Cortegana (Huelva)

Resultados das Eleições Autárquicas em Barrancos (1976-2017)


* * * * *


AUTORA:

DULCE SIMÕES (Almada, 1957) foi produtora-realizadora na Radiotelevisão Portuguesa e autora de diversos projectos audiovisuais (1979-2003). Doutorou-se em Antropologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (2011) e tem pós-doutoramento em Estudos Artísticos (2019). É investigadora no Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança, membro da equipa do RIARM - Red(e) Ibero-Americana Resistência e(y) Memória e do GESSA - Grupo de Estudios Sociales Aplicados da Universidad de Extremadura. Participou em diversos projectos I&D multidisciplinares, nacionais e internacionais, e desenvolve investigação em movimentos sociais, usos políticos da memória e práticas da cultura. Tem artigos publicados em diversas revistas e obras colectivas, e é autora dos seguintes livros: (2017) Memórias, Sociabilidades e Resistências: O caso da Cooperativa de Consumo Piedense; (2017) Grupo Coral Os Arraianos de Ficalho. Luar da Meia-Noite, livro/CD; (2016) A Guerra de Espanha na Raia Luso-Espanhola. Resistências, Solidariedades e Usos da Memória, com edição castelhana publicada pela Diputación Provincial de Badajoz em 2013; (2011) Zip-Zip: um programa mítico, ou uma «pedrada no charco» da «primavera marcelista»?; (2007) Barrancos na Encruzilhada da Guerra Civil de Espanha. Memórias e Testemunhos, 1936, com edição castelhana publicada pela Editora Regional de Extremadura em 2008. Em 2015 recebeu o Prémio de Investigação – Humanidades, da Cidade de Almada.

Detalhes:

Ano: 2022
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 330
Formato: 23x16
ISBN: 9789895661282
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