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Sinopse:
“Podemos dizer que estes instantâneos, livres de mordaças sociais, ou políticas, são expostos sem preconceitos, apelando ao nosso sentido crítico e reflexão, porque na humana abertura de pensamento de Helena Pato, os preconceitos são como altos muros que separam as pessoas de diferente condição e nada – nem o desigual nascimento, nem a situação de miséria, nem a falta de acesso a bens elementares como saúde, ou educação – podem negar ao indivíduo desafortunado o estatuto de ser humano. ¶ CONTRALUZ apresenta-se-nos assim como um mapa de afectos. Os retratos desta colectânea com situações do quotidiano, assentam na imprevisibilidade da vida, sem regras fixas nem fórmulas milagrosas. A sóbria elegância deste volume de ficção converte-se assim numa interioridade que se abre aos leitores numa espécie de exorcismo de fantasmas opressivos. É um convite aliciante para uma viagem pela escrita sensorial de Helena Pato.” ¶¶ [MARIA HELENA VENTURA, Prefácio]
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Vá-se lá saber porquê, um dia apareceram-me umas quantas criaturas a oferecerem-se como personagens de ficção. Sem rodeios, deram-me conta de que, se conseguisse acomodá-las, poderíamos conviver por uns tempos. Foram dizendo que esperavam respeitinho e seriam elas a ditar o «onde», o «como» e o «quando». Tinham muito para contar, mas não admitiam ser barradas, manipuladas ou maltratadas e queriam vestir fatos de bom corte. Exigências de superstars, como se perceberá… ¶ Ao procurar captar as personagens, olhando-as frequentemente em contraluz, reflecti-me em algumas, exasperei-me com outras tantas e odiei meia dúzia. ¶¶ [HELENA PATO, Posfácio)
Índice:
Prefácio: O brilho que se insinua
A vizinha Equívocos Ciúmes Um dia de cada vez Um amor em espera Actos falhados Dois tiros Encontros luso-franceses Sibila A estrela da fortuna Felicidade Assim parecia Cantigas do bom marido Amores do século XXI Delírios Romantismo A casa das tílias Uma mulher invulgar Amor na Place des Vosges Idealismos O amor é água que corre? Acompanhantes de luxo A rosa amarela Torna a Surriento Madalena arrependida Uma atitude misteriosa Vidas passadas Verdes anos: mitos e místicas Certificado de amor Os inomináveis Perdida para sempre Ela das 6 às 8 Paz à sua alma Posfácio: A guerra das estrelas
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AUTORA:
HELENA PATO nasceu em Mamarrosa, Aveiro. Licenciada em Ciências Matemáticas, dedicou a vida profissional ao ensino de crianças e jovens (37 anos nas escolas públicas) e à formação de professores. É autora de diversos livros e estudos, no âmbito da Pedagogia e da Didáctica da Matemática. Colaborou, desde jovem, em revistas e jornais diários, com artigos sobre Educação, Ensino e Ciência. Publicou livros dedicados à memória da ditadura, o último dos quais A Noite Mais Longa de Todas as Noites (Edições Colibri, 3.ª edição). Envolveu-se activamente na Resistência contra o regime fascista. Membro do Partido Comunista Português de 1962 a 1990, esteve presa e foi torturada pela PIDE. Durante a ditadura foi co-fundadora e dirigente dos movimentos cívicos que estiveram na base da Comissão Democrática Eleitoral (CDE) de Lisboa, dos Sindicatos Nacionais dos Professores e do Movimento Democrático das Mulheres (MDM). É dirigente, desde 2010, do Movimento Cívico Não Apaguem a Memória (NAM). Criou e dinamiza, nas redes sociais, o Grupo Fascismo Nunca Mais e a página de biografias Antifascistas da Resistência. Integra o grupo de 12 cidadãos que propuseram à Câmara Municipal de Lisboa a criação de um “Memorial aos Presos e Perseguidos Políticos”, no local onde funcionaram os Tribunais Plenários (uma deliberação aprovada na CML por unanimidade, em Maio de 2021, e que aguarda concretização).
Detalhes:
Ano: 2021
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 190
Formato: 23x16
ISBN: 9789895661251
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