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Sinopse:
São crónicas, senhor, são crónicas, que sendo muito materialistas (não é aquele significado, é o outro) operam pequenos milagres de não subservir (será que existe?!) o pensamento dominante, que alguns querem único, de abordar o incómodo, de levar à reflexão (e para outros, compreende-se, à rejeição), de olhar o “rei que vai nu”. Mas, sempre, de deixar o convite à percepção que lá vêm “novos carreiros” e que, se não os percepcionamos, podemos sempre dizer, por liberdade de escolha, “não vou por aí”. ¶ Afinal, são crónicas que, abordando temáticas diferenciadas, têm linhas condutoras comuns que as impregnam de uma coerência ideológica (nos vários sentidos do termo) que se saúda, sobretudo, em tempos em que as vozes dos donos e/ou as/os (uma pitada de igualdade de género) troca-tintas são celebrados; que as fazem emanar um subtil humor português ou uma frontalidade que desconforta alguns ou uma ironia apropriada ao momento, mas nunca um micterismo impróprio. ¶¶ [CARLOS PINTO DE SÁ, do Prefácio].
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Em Fevereiro de 2006 dei início a uma colaboração semanal com a DIANAFM, pensando que tal coisa iria durar uns meses, no máximo um ano. ¶ Foram quinze anos e alguns meses em que semanalmente disse o que achava que tinha a dizer, cumprindo a tarefa que me tinha sido atribuída. ¶ Quando assumimos uma tarefa, temos muitas vezes que nos sacrificar à suposta utilidade da mesma e escrever sobre coisas que não nos dão qualquer prazer. ¶ Nesses casos, ou saem panfletos sentidos ou “textos poéticos” sobre orçamentos de estado e outras coisas ainda mais áridas. Apesar de tudo, consegui o milagre de estar sempre de acordo comigo próprio, usando as ferramentas ideológicas que felizmente fui colocando na minha mala de primeiros socorros. ¶ Aqui estão apenas as que entendi que poderiam ser lidas fora do contexto temporal em que foram escritas. ¶ Os meus agradecimentos à DIANAFM pela oportunidade de dizer o que me deu na gana e sem censura prévia ou sucessiva. Nos tempos que correm não é coisa pouca. ¶¶ [EDUARDO LUCIANO]
Índice:
Prefácio
A morte de um ser humano
Paridade
Supremo Tribunal ou máquina do tempo?
Decisão de ministro é sempre política
Grande honra para eles
Ingénuos
Viva a rua
Fora de moda
Uma aventura numa terra sem amos
Recordar os 70 anos da abertura do Tarrafal
Cem anos
Nem todos os pais são progenitores, nem todos os progenitores são pais
Tornar claro o que se quer confundir
Zeca
Dia da Mulher, todos os dias
Jovens bota-de-elástico?
Coisas sérias
Igualdade de oportunidades para todos
Velhos novos e novos velhos
A Abstenção
O tempo
Tanta parra… tão pouca uva
O “cão de fila”
O rótulo
Hora da mudança
A força de uma marca
Os muros
Eliminar a violência contra as mulheres, educar para a igualdade
Quando o cronista prefere não ter voz
Encolher a democracia
A história de Pedro e Inês
Engano de cor
Escolhas
Retirar a peneira da frente do Sol
A crónica de cão
Existirá vida para além da crise?
Ilhéus de ontem e de sempre
O barco e os seus ocupantes
Serve para quê?
Sobre tudo e sobre nada
O riso como arma
Baixar a fasquia a um palmo do chão
Um Outono primaveril
O início da viagem
A morte que não mata a esperança
Discutir a espuma, esquecer a onda e ignorar o mar
A cultura, essa incompreendida
A magia do cinema
Natal
As palavras não são neutras
Pensar alto
A morte de frente
Náusea
Contos de Natal
A passagem do tempo, crónica ao espelho
Coisas que não interessam a ninguém
Esta é uma crónica pessoal e em defesa de um serviço público
Justiça, justiceiros e populismo
Eufemismos
Um dia como qualquer outro
A Lua
A morte de um construtor da liberdade
Lamúrias sobre uma profissão
O que é importante
Maioridade
Um exemplo
Cem anos depois de abalar o mundo
Os 200 anos do jovem Marx
A poesia e a sua ausência
Acerca da dignidade
Chico é Chico
A depilação do pirilampo, as derivas securitárias e a ascensão dos fascismos
O direito à viagem
Crónica fora de tempo
O ano do porco
A classe operária existe
Os livros, as leituras, os leitores e os que acham tudo isso desnecessário
Precisamos de mais imprescindíveis
Os neo coisos
A memória, essa senhora de mau porte
O que mostra uma pandemia
Aos imperfeitos
De regresso
O incómodo das bandeiras
Crónica “literária”
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AUTOR:
EDUARDO LUCIANO – Barreiro (1960). Militante. Apaixonado. Eleito na Assembleia Municipal de Évora de 2005 a 2009. Vereador na Câmara Municipal de Évora de 2009 a 2021. Quanto ao resto da biografia ninguém tem nada a ver com isso. Estas crónicas foram ditas entre Fevereiro de 2006 e Junho de 2021 na DIANAFM.
Detalhes:
Ano: 2021
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 182
Formato: 23x16
ISBN: 9789895661114
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