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Sinopse:
Após “Solstícios”, 2012, “Odélia e a Metafísica”, 2016, “Sol e Lua”, prémio António Patrício – 2019, surge o “Quadras Intermitentes” respigadas aos longo dos últimos anos como expressão mais cantante e ligeira.
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Foi com grande prazer que recebi o caderno com as quadras escritas à máquina. Mais um caminho difícil que Fernando Barata caminhou. ¶ À minha frente tinha um elegante conjunto de quadras visitando os amores passados, os que foram e os que podiam ter sido, paixões, atos do quotidiano, alguma nostalgia e também um pouco de saudade, marcas inevitáveis que a vida nos vai deixando. ¶ No meu colo, «Quadras Intermitentes» estiveram abertas toda a tarde. ¶ Este livro é daqueles que pegamos, abrimos e só fechamos depois de estar lido. ¶¶ [do Prefácio de JAIME CRESPO]
Índice:
Prefácio de Jaime Crespo coração estas horas entaipadas de tantas e tantas coisas Nostradamus now Portugal IV procurei nos teus dedos lembrança esculpida um sorriso tal manhã que nos acorda vens em viagem adiada voavas dançavas e vinhas nesta lembrança cinzenta olhar o tempo que fica ali senhora de ternos olhos naquele rosto de olhos solitários animais mulher grácil fugidia nestas palavras em flor rotundo balofo pérola nos dias encastoada fugidia na tua boca lírio branco já não sei do meu amor seria nos ecos fátuos destas palavras esta enervante placidez de garça vem o olhar a enganadora caiem-me palavras para te dar de longe vem o encantamento minha saudade da outra margem do rio preciso do teu sinal este tempo é agrura fico perdido nesta lembrança eras aqui bonita e esguia no teu corpo irisado quando passas era o meu pranto esquecido mulher no acaso aparecida as tuas palavras pequena redondinha BB de sorrisos tatuados dias e dias que passam toutinegra tão pequena visão a fugir porque me enches a alma serás ilha escondida amor de engano quadras de lamentação eu quereria tanto encantar-te inverno o arlequim donzela do meu engano meus dias a cair dos anos minha princesa de infância deste silêncio gelado as palavras para te dar fugia da tua mão da outra margem do rio esta dor que é sensitiva neste canto desencanto secaram as fontes brilham as flores no renovo folhas de chuva a cair dá-me palavras e olhar terno Sol e Lua em conjunção Portugal V além dos montes uma pastora Gisela manhã de domingo Frineia porque te escondeste os 4 elementos tangem os sinos no além ST Maria das Dores manhã triste os 4 desejos neste estar báquica vinho português as franjas do esquecimento este ficar cada poema é uma viagem cibele II fui à fonte das palavras depois toda a gente quer falar este relógio parado sou monge de ordem extinta depois do tempo fechar águas que correm pedras dos espíritos coloridos
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AUTOR:
FERNANDO BARATA FREITAS Nasceu em Lisboa em 1937. Licenciou-se em Medicina em 1967, com especialização em Neurologia. Na década de 70, expôs Fotografia, nacional e internacionalmente. Na Poesia, que cultiva desde a juventude, além de alguns poemas dispersos dos anos '60 e 70, dedicou-se desde 2008 ao Livro SOLSTÍCIOS, publicado por Edições Colibri em 2012, com o pseudónimo de Miguel d’Anunciada. Em 2016, com o seu nome, por Edições Colibri, publicou ODÉLIA e a metafísica: em continuidade da poética do feminino para a poética do conhecimento.
Detalhes:
Ano: 2020
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 120
Formato: 23x16
ISBN: 9789896899950
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