Recomendar livro a um amigo
|
Sinopse:
Um tesouro escondido no coração de Lisboa: a capela da Bemposta – Academia Militar guarda uma das pinturas mais ricas de significado artístico e político do último quarto do século xviii. Entre ventos revolucionários e reafirmação do poder monárquico, o imponente painel do altar-mor sintetiza as políticas do governo de D. Maria I através de um retrato coletivo de excelente qualidade pictórica. ¶ A família real, retratada no seu conjunto com os principais membros do governo mariano, torna-se espelho de fé, bom governo e virtude para os assistidos da nova fundação da Real Casa Pia. Neste grupo de órfãos e mulheres, a arte do retratista Giuseppe Trono (Turim 1739 – Lisboa 1810) carrega-se de força plástica restituindo visualmente a justificação e a finalidade das políticas marianas: a exaltação do culto do Sagrado Coração de Jesus, instituído em 1778 pelo papa Pio VI no reino de Portugal e nos seus vastos domínios ultramarinos. ¶ De forma surpreendente e inédita, o livro revela a estreita correlação compositiva e iconográfica entre a pintura da capela da Bemposta e a do altar-mor da basílica da Estrela, pintada em Roma por Pompeo Batoni (Lucca 1708 – Roma 1787). Um tesouro escondido no coração de Lisboa que, agora, é revelado nas suas múltiplas facetas, oferecendo ao leitor e ao visitante o prazer da descoberta e a apreciação da qualidade artística, graças à investigação cuidadosa das duas autoras e ao compromisso do comando da Academia Militar pela fruição pública do seu acervo patrimonial.
Índice:
PREFÁCIO (Major-General João Vieira Borges)
APRESENTAÇÃO (Professor Doutor Vítor Serrão)
AGRADECIMENTOS
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I – O CULTO DO SAGRADO CORAÇÃO 1.1 Duas faces da mesma moeda: a basílica da Estrela e a capela da Bemposta 1.2 As pinturas dos altares-mores: Pompeo Batoni e Giuseppe Trono
CAPÍTULO II – GIUSEPPE TRONO, PINTOR DE RETRATOS 2.1 As redes diplomáticas e a escolha do pintor de Turim 2.2 Giuseppe Trono retratista ao serviço da Casa Real portuguesa 2.3 A sociedade portuguesa e a arte de Giuseppe Trono
CAPÍTULO III – A PINTURA DO SAGRADO CORAÇÃO NA CAPELA DA BEMPOSTA 3.1 Os retratos da família real e a representação de N.ª S.ra da Imaculada Conceição 3.2 O programa político-religioso da monarquia portuguesa 3.3 A presença da mulher negra e das outras mulheres 3.4 Diogo de Pina Manique: a Real Casa Pia e o ensino das artes entre Lisboa e Roma
CAPÍTULO IV – O LEGADO DA ARTE DE GIUSEPPE TRONO EM PORTUGAL 4.1 O impacto da pintura do altar-mor da Bemposta e da arte do retrato 4.2 Miniaturas, desenhos e cópias de obras-primas italianas
CONCLUSÃO
CRÉDITOS FOTOGRÁFICOS
BIBLIOGRAFIA
AS AUTORAS:
GIUSEPPINA RAGGI, natural de Cesena (Itália), licenciada em Letras pela Universidade de Bolonha e em flauta pelo Conservatório de Cesena. Doutora em História da Arte pelas Universidades de Bolonha e de Lisboa (2005), especializou-se no estudo da pintura de quadratura entre Itália, Portugal e Brasil durante os séculos XVII e XVIII. Atualmente, entre outros interesses e temas de investigação, os seus estudos centram-se nas políticas artísticas promovidas pelas rainhas de Portugal no século XVIII. É investigadora do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, integrando o núcleo de pesquisa Cidades, Culturas e Arquitetura (CCArq).
MICHELA DEGORTES, natural de Cagliari (Itália), arquiteta, licenciada pela Universidade de Florença. Doutoranda em História da Arte e investigadora integrada no Instituto de História de Arte (ARTIS – IHA) da Universidade de Lisboa, tem-se dedicado ao estudo das relações artísticas entre Portugal e Itália entre os séculos XVIII e XIX, focando-se nas questões relativas à migração das tendências do gosto e de obras de arte. Entre os seus interesses de investigação destacam-se também as temáticas relativas à valorização, conservação e restauro do património artístico e arquitetónico.
Detalhes:
Ano: 2018
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 112
Formato: 23x16
ISBN: 978-989-689-815-1
|