A Guerra de Espanha na Raia Luso-Espanhola (2.ª edição)

Resistências, Solidariedades e usos da Memória




Recomendar livro a um amigo
Autoria: Dulce Simões

Sinopse:

A guerra civil de Espanha foi um conflito nacional à escala internacional que trespassou a fronteira portuguesa, rompendo abruptamente a vida quotidiana das populações locais. A violência e a tragédia humana vivida e testemunhada por milhares de pessoas justificam que gerações inteiras conservem a memória do acontecimento, assinalando as suas posições éticas e as suas visões do mundo. No concelho de Barrancos, na raia do Baixo Alentejo, ocorreram dois dos maiores fluxos de refugiados espanhóis para território português formados por grupos ideologicamente opostos, cujo acolhimento legitima a construção de uma memória social alicerçada na solidariedade como valor identitário da comunidade. ***************************************************************** A primeira coisa que se pode afirmar do trabalho de Dulce Simões é que tem uma leitura agradável, porque está bem construído, apresenta personagens atrativos e mantem o interesse da trama, como nas boas novelas, demonstrando que a literatura académica não está desligada da boa literatura. Alguns temas que se tratam nesta obra são apaixonantes, como a preocupação de Salazar pelo “contágio” que podia vir de Espanha, através da fronteira política. Mas a maior virtude deste trabalho é oferecer uma nova realidade empírica sobre as resistências à dominação e as solidariedades, e como estas se entrecruzam com a soberania dos Estados, em particular com as ditaduras ibéricas dos anos de 1930, num espaço fronteiriço (entre Barrancos, Encinasola e Oliva de la Frontera) dominado por diversos fluxos durante e após a guerra civil espanhola. [Heriberto Cairo, do Prólogo]

Índice:

Notas & Agradecimentos
Prólogo: Solidariedades de fronteira e de classe
Introdução: O tema e os problemas

Capítulo 1. A guerra civil de Espanha e o estudo do acontecimento
1.1. História e Antropologia: um diálogo interdisciplinar
1.2. Memória colectiva e movimentos sociais pela memória
1.3. Trabalho de campo e arquivos: caminhos e encruzilhadas

Capítulo 2. O lugar da fronteira: território e relações fronteiriças
2.1. Barrancos na encruzilhada de uma fronteira tripla
2.2. Uma fronteira de múltiplas pertenças
2.3. A construção das nações, e as práticas da periferia

Capítulo 3. A sociedade barranquenha: ricos, pobres e remediados
3.1. Eram donos da terra, do povo, e de tudo
3.2. E logo os do campo chamavam çivinas aos que estavam no povo
3.3. Naquela altura não havia reivindicações, miséria havia!

Capítulo 4. O Estado Novo e a acção dos seus representantes na fronteira
4.1. A Guarda Fiscal: um símbolo do Estado na fronteira
4.2. “Pela Lei e pela Grei”: repressão e resistências
4.3. A polícia política, e a dominação pelo medo

Capítulo 5. A guerra na fronteira, e os fluxos de refugiados
5.1. Os vizinhos de Encinasola: solidariedades e delação
5.2. Resistência política em Oliva de la Frontera
5.3. Os campos de refugiados: nas margens do mundo e da humanidade
5.4. Tempos de errância e intermitências da vida: de Barrancos a Tarragona

Capítulo 6. Processos de dominação e estratégias de resistência
6.1. “Vencidos” e “vencedores” na sociedade do pós-guerra
6.2. O regresso dos republicanos: rojo de toda la vida
6.3. Não fomos contrabandistas, trabalhámos no contrabando

Conclusões: usos políticos e lutas pela memória

Fontes e Referências Bibliográficas

Anexos



A AUTORA:

Dulce Simões (Almada, 1957) é doutorada em Antropologia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH/ NOVA) e bolseira de Pós-Doutoramento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). É investigadora integrada no INET-md e colaboradora do Instituto de História Contemporânea (FCSH/NOVA). É membro fundador do Grupo de Estudios Sociales Aplicados da Universidad de Extremadura (GESSA) e da Red(e) Ibero-Americana Resistência e(y) Memória (RIARM). Realiza investigação em Portugal e Espanha sobre fronteiras, movimentos sociais, usos políticos da memória e práticas da cultura. Participa em projetos de investigação internacionais e multidisciplinares. Tem diversos artigos publicados em revistas e obras colectivas, e é autora das obras: Frontera y Guerra Civil de España. Dominación, resistencia y usos de la memoria. Badajoz, Diputación Provincial de Badajoz, 2013; Barrancos na Encruzilhada da Guerra Civil de Espanha. Memórias e Testemunhos, 1936. Lisboa, Câmara Municipal de Barrancos/Edições Colibri. 2007, com edição castelhana publicada pela Editora Regional de Extremadura em 2008.

Detalhes:

Ano: 2017
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 390
Formato: 23x16
ISBN: 978-989-689-598-3
Comentários de utilizadores

Não existem Comentários


Adicionar Comentário
carrinho de compras
notícias
22/06/2023
JOSÉ MANUEL SARMENTO DE BEIRES, da autoria de Fernando da Rocha Ribeiro
LANÇAMENTO: dia 22 de junho (5.ª feira), às 17h00, na Irmandade da Lapa, no Porto. Apresentação: Major-General João Vieira Borges; Prof. Doutor António Ventura; Prof. Doutor Sérgio Veludo Coelho

17/06/2023
UM JUDEU PORTUGUÊS EM ISTAMBUL, da autoria de Pedro Cantinho Pereira
LANÇAMENTO: dia 17 de junho (sáb.), às 21h00, Biblioteca Manuel Teixeira Gomes, em Portimão. Apresentação: Doutora Carla Vieira (Investigadora integrada do CHAM – FCSH, Universidade Nova de Lisboa)

11/06/2023
Edições Colibri na 93.ª edição da FEIRA DO LIVRO DE LISBOA
VISITE-NOS no stand B15 (Praça Verde) * Entre 25 de Maio e 11 de Junho de 2023, no Parque Eduardo VII (Metro: Marquês de Pombal e/ou Parque), em Lisboa.

30/07/2021
UNION HISPANOMUNDIAL DE ESCRITORES outorga o Escudo de Prata a Edições Colibri
EM RECONHECIMENTO PELO SEU APOIO À LITERATURA

25/05/2018
POLÍTICA DE PRIVACIDADE E PROTECÇÃO DE DADOS (RGPD)
RGPD: Como é do conhecimento público, o novo Regulamento Geral de Proteção de Dados é aplicável desde 25 de maio 2018 em todos os Estados-Membros da União Europeia. Navegar no nosso site implica concordar com a nossa política de privacidade (ver AQUI: https://drive.google.com/file/d/1DiXJS-AUwZBB7diQJS5xWrFBDLedWG9c/view). Se não concordar, pode contactar-nos pelos canais alternativos: e-mail ou telefone.

18/03/2018
A Colibri no Youtube
www.youtube.com/channel/UCh1qOgVfD928sohgDxoDSGA/videos

29/07/2013
Colibri no Facebook
A nossa página no Facebook www.facebook.com/EdicoesColibri

31/05/2013
CONTACTO
Contacto telefónico 21 931 74 99 “Chamadas para a rede fixa nacional (PT), de acordo com o tarifário do utilizador” ___________________________________ [O telefone n.º 21 796 40 38 deixou de estar ao serviço da Colibri]