Folclore e Folclorização no Montijo

Trânsitos e Encontros da Música e da Dança




Recomendar livro a um amigo
Colaboração com a entidade: Câmara Municipal de Montijo

Sinopse:

O aparecimento da palavra folclore, em meados do séc. XIX,1 em substituição do que até então se vinham denominando «antiguidades populares», decorre do movimento romântico, surgido no final do século XVIII na Europa, e que perdurou por grande parte do século XIX, caracterizado por, numa imagem idealizada, buscar a identidade nacional, as «autênticas raízes populares» ou «as puras origens do génio nacional». Para isso, teve grande relevância, primeiramente, o trabalho dos Irmãos Grimm3 e de Johann von Herder sobre a poesia e a literatura oral na Alemanha que se espalhou por diversos países e se ampliou ao estudo de diferentes formas literárias (romances, contos, provérbios, adivinhas…). Esta doutrina veio também a implantar-se em Portugal por influência pioneira de Almeida Garrett, que publica o Romanceiro (1842-51), a grande colectânea de romances e lendas de tradição oral, considerada a primeira obra portuguesa de cariz folclórico, e uma das que mais contribuiu para a afirmação da investigação etnográfica. [do Preâmbulo]

Índice:

Apresentação (Presidente da Câmara Municipal de Montijo)
Preâmbulo (Luís Marques)
Introdução

Capítulo 1. Para uma arqueologia dos termos folclore e etnografia
– Das práticas quotidianas à institucionalização do folclore
– Para uma etnografia colaborativa

Capítulo 2. Indivíduos e grupos: o caso dos ranchos Os Águias e Juventude Atalaiense
– Do desígnio à realização: dois ranchos ainda por nomear
– Participação cívica e associativismo
– Três conceitos estruturantes da prática do folclore: “região”, “recolha” e “informador”
– A “região”
– Os “informadores”
– A “recolhas”
– Festivais e “saídas”
– Conclusões: Tradição e modernidade: antagonismo ou ambivalência?

Capítulo 3. Músicos em trânsito: quatro acordeonistas em atividade no Montijo
– Dos lugares aos trânsitos
– Os acordeonistas e o folclore instituído no Montijo
– Itinerários da música nos percursos de quatro acordeonistas
– Carla Sofia Catarina Teixeira
– Elsa Rute Valente Pires
– Francisco António Branco Serrano
– Ricardo Jorge dos Santos Peliz
– Conclusões: Trânsitos da música e de músicos

Capítulo 4. Em busca do folclore: a criação do Grupo Típico de Danças e Cantares de Afonsoeiro
– Antecedentes do Grupo Típico de Danças e Cantares de Afonsoeiro
– Afonsoeiro: o subúrbio industrial do Montijo que se tornou freguesia
– A constituição do GTDC Afonsoeiro e a “busca” do folclore
– Repertório, danças, trajes e instrumentos
– Conclusões: Modos e limites da construção folclórica

Capítulo 5. Duas décadas de folclore na parte oriental de Montijo: o Rancho Folclórico Recreativo e Cultural das Taipadas
– História e ruralidade em Taipadas e Canha
– A formação do Rancho das Taipadas
– As atividades do RFRC das Taipadas e as duas faces do folclore
– Repertórios, criatividade e instrumentos
– Conclusões: Estéticas e políticas do folclore

Capítulo 6. Configurações, repertórios musicais e coreográficos do folclore no Montijo
– A configuração dos ranchos folclóricos do concelho de Montijo
– Repertórios do folclore no Montijo: o problema das categorias
– As letras das músicas: estruturas e formas de execução
– A estrutura formal interna: implicações das letras e das melodias
– Acompanhamento harmónico das frases melódicas
– As Modas e as suas partes
– Conclusões: Estabilidade formal como ideal social
Capítulo 7. Gaiteiros e outros músicos na festa “mais antiga” e “mais tradicional do Montijo”
– Manter “a tradição dos Círios”
– Músicos integrantes dos gaiteiros
– Músicos na rua: “desgarradas à nossa maneira”
– Conclusões: Divergências e interculturalidades em práticas musicais tradicionais

Agradecimentos

Referências Bibliográficas

Entrevistas citadas



AUTORES

MARIA DO ROSÁRIO PESTANA – Doutorada em Etnomusicologia pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, é Professora Auxiliar Convidada e Diretora do curso de Mestrado em Música na Universidade de Aveiro e Investigadora integrada no Instituto de Etnomusicologia, Centro de Estudos em Música e Dança.
Atualmente, coordena o projecto de investigação “A música no meio: o canto em coro no contexto do orfeonismo (1880-2012)”, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, participa nos projectos “A Sociedade Orpheon Portuense (1881-2008): tradição e inovação” e “Imagens da Terra e do Mar: Frederico de Freitas e a música na cultura portuguesa do séc. XX” e prepara a edição crítica dos registos sonoros da “Recolha Folclórica” realizada em 1939-40, por Armando Leça.
Compreende ainda os seguintes domínios de especialização: processos de institucionalização do folclore em Portugal; memória e património sonoro; indústrias da música na primeira metade do século XX em Portugal; música e género.

JORGE CASTRO RIBEIRO – Licenciado em Ciências Musicais pela universidade Nova de Lisboa e Doutorado em Música (Etnomusicologia) pela Universidade de Aveiro e investigador do Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança (INET-md).
Tem desenvolvido investigação etnomusicológica desde 1992, em Portugal. Os seus domínios principais de interesse científico são a música em Portugal, a música cabo-verdiana, a migração, os estudos pós-coloniais, música e educação, música no espaço lusófono. Publicou ensaios e gravações e apresentou comunicações académicas em Portugal, França, Reino Unido, Espanha, Estados Unidos, Canadá e Brasil. Paralelamente à actividade académica de investigação em música desenvolve actividade pública de divulgação musical. É membro do Conselho de Administração da Fundação Casa da Música, no Porto.

Detalhes:

Ano: 2014
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 176
Formato: 22x17
ISBN: 978-989-689-362-0
Comentários de utilizadores

Não existem Comentários


Adicionar Comentário
carrinho de compras
notícias
22/06/2023
JOSÉ MANUEL SARMENTO DE BEIRES, da autoria de Fernando da Rocha Ribeiro
LANÇAMENTO: dia 22 de junho (5.ª feira), às 17h00, na Irmandade da Lapa, no Porto. Apresentação: Major-General João Vieira Borges; Prof. Doutor António Ventura; Prof. Doutor Sérgio Veludo Coelho

17/06/2023
UM JUDEU PORTUGUÊS EM ISTAMBUL, da autoria de Pedro Cantinho Pereira
LANÇAMENTO: dia 17 de junho (sáb.), às 21h00, Biblioteca Manuel Teixeira Gomes, em Portimão. Apresentação: Doutora Carla Vieira (Investigadora integrada do CHAM – FCSH, Universidade Nova de Lisboa)

11/06/2023
Edições Colibri na 93.ª edição da FEIRA DO LIVRO DE LISBOA
VISITE-NOS no stand B15 (Praça Verde) * Entre 25 de Maio e 11 de Junho de 2023, no Parque Eduardo VII (Metro: Marquês de Pombal e/ou Parque), em Lisboa.

05/06/2023
POESIA PARA SOBREVIVER, da autoria de Graciete Felício
LANÇAMENTO: dia 5 de junho (2.ª feira), às 18h00, no Grémio Literário, em Lisboa

04/06/2023
MUNDO(S) - Livro 22. Coord. Literária de Ângelo Rodrigues
APRESENTAÇÃO: dia 4 de Junho (domingo), às 18h00, no Auditório Poente da Feira do Livro de Lisboa. Apresentação dos Poetas e do Projecto: Ângelo Rodrigues

02/06/2023
MONSARAZ - Reconstruir a Memória, da autoria de Ana Paula Amendoeira
APRESENTAÇÃO: dia 2 de junho (6.ª feira), às 18h00, na Casa do Alentejo, em Lisboa. Apresentação: José Aguiar (Professor da Faculdade de Arquitetura de Lisboa) Paula Moura Pinheiro (Jornalista da RTP)

30/07/2021
UNION HISPANOMUNDIAL DE ESCRITORES outorga o Escudo de Prata a Edições Colibri
EM RECONHECIMENTO PELO SEU APOIO À LITERATURA

25/05/2018
POLÍTICA DE PRIVACIDADE E PROTECÇÃO DE DADOS (RGPD)
RGPD: Como é do conhecimento público, o novo Regulamento Geral de Proteção de Dados é aplicável desde 25 de maio 2018 em todos os Estados-Membros da União Europeia. Navegar no nosso site implica concordar com a nossa política de privacidade (ver AQUI: https://drive.google.com/file/d/1DiXJS-AUwZBB7diQJS5xWrFBDLedWG9c/view). Se não concordar, pode contactar-nos pelos canais alternativos: e-mail ou telefone.

18/03/2018
A Colibri no Youtube
www.youtube.com/channel/UCh1qOgVfD928sohgDxoDSGA/videos

29/07/2013
Colibri no Facebook
A nossa página no Facebook www.facebook.com/EdicoesColibri

31/05/2013
CONTACTO
Contacto telefónico 21 931 74 99 “Chamadas para a rede fixa nacional (PT), de acordo com o tarifário do utilizador” ___________________________________ [O telefone n.º 21 796 40 38 deixou de estar ao serviço da Colibri]