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Sinopse:
O presente livro reúne quatro ensaios de análise histórica, numa perspectiva sócio‐política, sobre o período que antecede imediatamente a entrada oficial de Portugal na Grande Guerra. A partir da eclosão do conflito armado na Europa em Agosto de 1914, as autoridades portuguesas colocaram‐se numa situação diplomática ambígua, não assumindo uma posição de beligerância perante a Alemanha mas também não se declarando como país neutral, esperando que fosse a Inglaterra a solicitar expressamente a nossa intervenção, nos termos dos velhos tratados de aliança entre as duas nações. Entretanto, desenvolveram‐se desde logo operações de guerra nos territórios alemães do Sudoeste Africano e do Tanganica, fronteiriços a Angola e a Moçambique, entre tropas coloniais germânicas e do Império Britânico, bem como no oceano Atlântico norte, obrigando as forças portuguesas de mar e terra a reforços de vigilância e preparação para fazer respeitar a soberania nacional e os seus interesses mais imediatos.
São estas “frentes de guerra” – ainda não declarada, mas já motivo de diversos incidentes e perdas humanas – que aqui são apresentadas criticamente em três ensaios distintos, antecedidos de um outro texto onde se analisam as controvérsias e conflitos internos entre forças sociais e políticas acerca da eventual participação portuguesa, no período que antecede a declaração de guerra de Março de 1916.
Índice:
Nota explicativa
Adeptos e opositores à entrada de Portugal na Guerra
1. Preâmbulo As teses gerais sobre a participação portuguesa na guerra e uma nova hipótese As forças em (o)posição
2. A guerra como perspectiva
A – Opiniões doutrinárias expressas publicamente que permitam aquilatar da disposição racional e anímica destes quadros perante o hipotético envolvimento de Portugal na guerra Revista Militar Anais do Clube Militar Naval
B – Avaliação do estado de coesão das tropas nos quartéis, a partir das estatísticas judiciais castrenses
C – Referências esparsas quanto ao grau de satisfação dos quadros militares, sob a República
D – Indícios de preocupação quanto à propaganda das ideias internacionalistas, pacifistas e anti-militaristas, e afirmação de valores contrários E – Correntes de opinião internacionalistas, pacifistas e anti-militaristas veiculadas em Portugal
3. Decisões, acções e resistências, ao ritmo da vida política nacional
4. Conclusões
Fontes
Bibliografia
O AUTOR: João Freire é sociólogo e Professor Emérito do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa. Foi, em jovem, oficial da Armada. Entre outros livros, publicou Anarquistas e Operários (1992), Sociologia do Trabalho: Uma Introdução (1993 e 2002), Homens em Fundo Azul Marinho (2003), Pessoa Comum no seu Tempo (2007), Economia e Sociedade (2008), A Marinha e o Poder Político em Portugal no Século XX (2010), Elementos de Cultura Militar (2011), Do Controlo do Mar ao Controlo da Terra (2013) e Crónicas de um Tempo Sombrio (2013).
Detalhes:
Ano: 2014
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 188
Formato: 23x16
ISBN: 978‐989‐689‐433‐7
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