Recomendar livro a um amigo
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Sinopse:
Um leitor dos séculos XVI, XVII e XVIII manuseava, por vezes, sem ter consciência do facto, diferentes tipos de livros: os lícitos, que tinham obtido previamente as licenças necessárias para a sua publicação e para os quais, muitas vezes, os impressores tinham recebido privilégios, que lhes garantiam o monopólio da edição; as contrafacções, feitas ilegalmente a partir de uma edição autorizada, nas quais, frequentemente, se tentava reproduzir quase fotograficamente a obra a imprimir; os proibidos, cujos textos nunca mereceram as autorizações dos censores oficiais; e ainda outros, com textos que nunca foram, sequer, submetidos a aprovação. (…) Se a História da Literatura não ficou indiferente às teorias da estética da recepção, a História do Livro, (…), não poderá deixar de ter em linha de conta estes dois universos diferentes, mas complementares – o do livro lícito e o do livro clandestino (…) [Introdução]
Índice:
APRESENTAÇÃO
1. INTRODUÇÃO HISTÓRICA 1.1. Legalidade e marginalidade 1.2. Privilégios e contrafacções 1.3. Livros proibidos 1.4. Outras situações de clandestinidade editorial 1.5. As fausses-adresses 1.6. Principais espécies contrafeitas e clandestinas dos séculos XVI e XVII 1.6.1. A Regra e Diffinçoões da Ordem do Mestrado de Nosso Senhor Jesu Cristo 1.6.2. O Compromisso da Confraria da Misericordia 1.6.3. Palmeirim de Oliva 1.6.4. Os Lusíadas 1.6.5. Discurso de Todos los Diablos, o Inferno Emendado 1.6.6. Advertencia que hum Ministro do Principe Dom Pedro lhe fez sobre o Estado do Reino
2. A INQUISIÇÃO E A CLANDESTINIDADE EDITORIAL 2.1. Contrafacções 2.1.1. Lista do Auto-de-Fé de 18 de Junho de 1741 2.1.2. Copia de huma revelação que foi feita a Santa Isabel e a Santa Brizida 2.1.3. Justa Repulsa 2.1.4. Carta em que hum Amigo dá notícia a outro do lamentavel sucesso de Lisboa 2.1.5. Sermões 2.1.5.1. Sermão da Mãy de Deos e Senhora do Monte do Carmo, pelo Doutor Lourenço Bautista Feyo 2.1.5.2. Sermão que na duplez solemnidade dos dous Santos, Gonzaga e Stanislao pregou o Doutor Lourenço Bautista Feyo
2.2. Obras impressas clandestinamente, cujo texto nunca foi submetido à censura ou não mereceu a sua aprovação 2.2.1. Breve Resposta ao Insolente Prologo ...e Crisis Apologetica 2.2.2. Feição à Moderna ou Logração Disfarçada; Bisnaga Escolastica; Queixas de Antonio Duarte Ferram contra a Poesia 2.2.3. Anno Historico, Diario Portuguez defendido e vindicado em 1746, no seguinte Prologo anti-critico 2.2.4. Benteida 2.2.5. Observaçoens das Agoas das Caldas da Rainha 2.2.6. Relaçam das solemnes Exequias dedicadas por D. João da Silva Ferreira à memória de D. João V 2.2.7. Despertador Métrico 2.2.8. Sumários de Indulgências 2.2.8.1. Breve Compendio das Graças e Indulgencias concedidas aos Confrades do Santissimo Rosario 2.2.9. Folhetos de cordel
3. A QUESTÃO DO SIGILISMO 3.1. Génese e evolução da questão do sigilismo (1746) 3.2. Intervenção pombalina e reabertura da contenda (1768) 3.3. Edições clandestinas ao serviço das duas facções em dissídio (1746-1747) 1. Libelos favoráveis à Inquisição e Cardeal Patriarca 2. Libelo favorável aos bispos portugueses 3.4. Diagramas organizados em função dos supostos locais de edição
4. PERFIL DE UM FALSÁRIO: MIGUEL RODRIGUES 4.1. Dados biográficos 4.2. Actividade profissional
5. LITERATURA E CLANDESTINIDADE 5.1. Contrafacções 5.1.1. Relações de Naufrágios 1. Memoravel Relaçam da Perda da Não Conceiçam 2. Naufragio da Não Nossa Senhora de Belem 3. Tratado das batalhas e sucessos do Galeão Santiago 4. Relaçam da Viagem do Galeam Sam Lourenço 5. Relaçam do Naufragio que fizeram as Naos Sacramento e Nossa Senhora da Atalaia 6. Historia da muy notavel perda do Galeão Grande de S. João 7. Relaçam da viagem e sucesso que teve a Não Capitania Nossa Senhora do Bom Despacho 8. Relaçam do Naufragio da Não Santiago 9. Relaçam do Lastimoso Naufrágio da Não Conceiçam 10. Tratado do Sucesso que teve a Não S. Joam Baptista 11. Naufragio da Não S. Alberto 5.1.2. Nova Floresta 5.1.3. Luz e Calor 5.1.4. Sermões, do Padre António Vieira Primeira parte Segunda parte Terceira parte Quarta parte Quinta parte Sexta parte Sétima parte [Oitava parte] [Nona parte] [Décima parte] Undécima parte Duodécima parte [Décima-terceira parte] Décima-quarta parte 5.1.5. Verdadeiro Método de Estudar Anexo 1 – Reprodução do primeiro caderno da designada 1.ª Edição A Anexo II – Reprodução do primeiro caderno da designada 1.ª Edição B 5.2. Edições clandestinas 5.2.1. Anatómico Jocoso 5.2.2. Arte de Furtar
6. CONCLUSÕES
7. BIBLIOGRAFIA 7.1. Fontes manuscritas 7.2. Fontes impressas
A AUTORA:
Maria Teresa Payan Martins é doutorada em Estudos Portugueses, especialidade de História do Livro, pela Universidade Nova de Lisboa. Tem centrado as suas investigações no estudo das edições clandestinas e das contrafacções em Portugal no século XVIII e tem dedicado particular atenção à censura literária em Portugal na época moderna. Investigadora do Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa, foi bolseira de pós-doutoramento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, no período compreendido entre 2003 e 2009. São da sua autoria as obras intituladas A Censura Literária em Portugal nos séculos XVII e XVIII, uma edição da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, publicada em 2005, e O debate ideológico na censura pós-pombalina, editada pela Babel, no ano de 2011. Lecciona, actualmente, Língua e Literatura Portuguesa no Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna.
Detalhes:
Ano: 2013
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 404
Formato: 23x16
ISBN: 978-989-689-247-0
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