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Solstícios
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Sinopse:
Temática múltipla, predominantemente na primeira parte um imaginário intemporal e escatológico e, na segunda parte, o amor como via de salvação na temporalidade próxima e em contraponto com a morte.
Índice:
PREFÁCIO
EXULTAÇÕES ser Deus natureza mulher do fim
SOLILÓQUIOS rosas vermelhas na escuridão minhas sombras dispersas com mãos alagadas de verde para quê abrir canto minha voz triste na luz meu triste sonho de embalar minhas mãos emaranhadas meu lago de bem passar meu correr que no mundo que se esgota tudo o que vai para onde na orla dos dias e das marés não dei pela morte porque somos a vida as horas a bater no zinco dos telhados há falsos corpos já não vejo ninguém nas esquinas o ser e o não ser o número vazio o sol não morre eu sou a partir para terras sem nome a gotejar coisas que vêm ter comigo dias a perder de vista em histórias lidas nos espelhos caminhos que não têm retorno quando somos plácidos em luzes de neon do meu silêncio soam ais desamparados suave silêncio do limbo fugido tardia é a mão que nos toca
NOITE desce noite prescrita na noite submersa minha noite perdida cai tudo o que a noite tinha já voa minha noite meia noite da meia lua já outra vez a noite
SIDERAIS procurei-te vou náufrago no céu azul olhei para lá do sem fim morreram comigo as horas silvam comboios por caminhos caiem coisas repentinas do céu pairam no ar os momentos o vento quente baloiça dos olhos inquietos das crianças lilith voo da ave ferida uivam os cães à lua sobre um mar gélido parado quebram-se as cordas dos barcos ao longe palavras pegadas às mãos suadas quando se iluminam as palavras
MEMÓRIAS ribalonga paracelsus corcéis debruados em sombras dos meus dias febo será que el-rei d. sebastião distante dourado de Portugal
EROS NÉFTIA já minha sombra se ilumina olhei-te ao espelho porque não falas daquele porque eras distante remota fugitiva imagem que não ficas
NOESIS bailarina do riso lua cheia abandonada quando desfolhaste a margarida rolam nas tuas mãos porque surgiste deixa que adormeça velado cavalo branco que voas ao longe o teu nome corre pelos rios por nada por um gesto caiem da chuva os olhares breves feiticeira das nuvens trouxe o teu sorriso a minha vida escorre pelos teus dedos a tua mão fluorescente segui os teus passos aperta as minhas mãos olhei nas horas das coisas perder-me no olhar sem voltar os teus pés inquietos querer-te meu espelho minha vida florida afoguei-me ao teu redor a tarde cansada sonho de mim dá-me a tua mão tudo em mim parou vem por caminhos dedilhados quando te encontrei na noite entrelaçada o que passa perpassa perdi as palavras que te dei não sei que dizer-te do outro lado do mundo preso na teia rendada mulher que habitas nos silêncios do teu olhar o meu olhar sobre ti se és miragem verdadeira achei-te no mar das tardes serenas este esgar de dedos desejos de branco que fogem vestida de negro e brilho nos passos perdidos perdi-me no acaso do teu olhar de criança na noite submersa porque olhar uma flor amemo-nos antes que os ventos continuas ao longe pelas vidraças da tarde meu amor ouvem-se hinos nos palácios fechados das tardes a tarde escoada dança alegria na brisa das horas a tua boca petrificou descalça de negras rendas de preto foram os beijos ao longo esquecer do teu vulto dançado quebradas as pedras já cai a noite laivos de longe eras longe nos dias vinha no vento vinhas com o silêncio longe de ti longe mulher suave que vais no longe como folhas repetidamente folhas
SAFO aquela mão opalina de dedos de marfim e seda aquele corpo desnudado como estátua
HERMA mistério aberto da flor
CERÉLIA hoje eras a esperada visita olhos de água mar roda na roda da noite sagrada de maçãs rosadas no sentir do teu olhar de mar vou nas águas escondidas na terra afagando o mar rainha dos montes e do trono da terra eras longe nos dias ribomba a noite quebrada quando o teu corpo se abre ao sol são de ti as lembranças da noite serena
ANODIA vão minhas mãos nas tuas
CINTIA os amanhãs que cintilam a esperar sempre a esperar-te isto não é amor nem vida nem morte meus sorrisos da manhã porque eras longe foge pelos teus gestos brandos esperemos a primavera de esperar o tempo que escorre
BÉLIA olhei-te e eras de rosa a sorrir quando surgias na manhã manhã crisálida dos teus dedos vão nos rios dos teus braços sussurraram as minhas mãos no teu corpo nas minhas mãos a memória choram minhas mãos ao sentir os teus braços nus meu olhar que se esquece de te ver vou nas vagas que vêm e vão as tuas frases vêm-me ao caminho mulher dos sorrisos a caírem ao mar minha gentil amiga meus dias com a ilusão correm momentos fogem dias regavas flores naquela esquina minha amiga já a noite desce corram palavras encham o mar trespasse a trespassar o coração de negro e prata quebrou-se o espelho voltei a ver-te passou a brisa perfumou o ar senhora das coisas a vir crescem açucenas no recordar deixa o amor em carícias meu dorido prazer no fulgir da tarde dá-me os sonhos e os dias deixemos aquelas coisas de imaginar as folhas a começar no outono no vale cintura das dunas despidas as almas os corpos em amor mulher dourada das manhãs meu último amor mulher sem quimeras minhas sombras meus amores minhas sombras rastejantes miríades de lembranças gentil imagem que não foges meu amor junto ao rio no rio correndo dos teus braços meu amor caixão nas nuvens
GÓRIA as deusas antigas que eram a acabar caiem das tardes gotas ansiosas sem pontuação sem nada
CIRÉNIA deixa olhar-te
ARODINA visitando as palavras que ficaram silhueta que ao longe a noite traz-me as tuas palavras baixinho já minhas mãos estão vazias minha carícia meu enlevo porque és longe sinto a mudança o teu corpo é macio e firme o teu corpo é tentação de ti ficou a estátua
FIM rosa rosae feiticeira tisnada dos malefícios de amar
O AUTOR:
Fernando Barata Freitas (Pseud. Miguel d'Anunciada)nasceu em Lisboa, no ano de 1937, licenciou-se em medicina em 1967 tendo-se especializado em neurologia. Dedicou-se à fotografia na década de 70 tendo exposto nacional e internacionalmente. Na poesia, que cultiva desde a juventude., além de alguns poemas dispersos dos anos 60 e 70, só nos últimos quatro anos se dedicou à feitura deste livro.
Detalhes:
Ano: 2012
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 312
Formato: 23x16
ISBN: 978-989-689-227-2
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