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Sinopse:
Na verdade, nota-se aqui um caso de intimidade estreita entre Campos e Pessoa, como se à mesma tribo do sentir e do recordar pertencessem. Contrariamente aos heterónimos Caeiro e Reis, que se organizam muito mais de acordo com uma atitude vital de cariz homogéneo, a evolução de Campos segue um caminho não só marcado por flutuações tonais – ao modo dos outros heterónimos – mas, mais significativamente, por dissociações internas, desdobramentos congeminadores e, acima de tudo, pela experiência desfamiliarizante da sua consciência fragilizada, desestruturada mesmo, perante o Outro. Quer dizer: a sua angústia tem a história e a opacidade dos seres vivos. Triste privilégio de uma sombra de papel a despertar não no real mas afinal na mágoa incontornável da vida.
Índice:
Parte I Primeira Peripécia à guisa de Introdução: O Teatro das Biografias: Os conceitos de odisseia e de desfamiliarização A. Primeiro Passo: a caminho de uma teoria B. Segundo Passo: com um auto retrato na mala
Segunda Peripécia: O Teatro do Mesmo e do Outro: a caminho do significado cultural da odisseia através do herói homérico
Terceira Peripécia: O Teatro do Ser e do Nada no “Ulisses” da Mensagem
Quarta Peripécia: O Teatro da Ironia nas Notas para a Recordação do meu Mestre Caeiro: Campos, Caeiro, Pessoa e a Destruição da Literatura
Quinta Peripécia: O Teatro das Identidades: um exame das Cartas de Fernando Pessoa a João Gaspar Simões e o Fingimento Epistolar
Parte II Excursus sobre alguma poesia de Álvaro de Campos Embarcações
Primeiro Naufrágio: a Desfamiliarização da Palavra: Álvaro de Campos, o Inadequado, no poema “Saudação a Walt Whitman”
Segundo Naufrágio: a Desfamiliarização do Ser: Álvaro de Campos: o Inacabado…
Terceiro Naufrágio: a Desfamiliarização do Destino: Álvaro de Campos, o Esvaziado: a “Tabacaria” à guisa de conclusão
Epílogo: Nova Embarcação (esboço)
Bibliografia
Detalhes:
Ano: 2012
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 262
Formato: 16x23
ISBN: 978-989-689-200-5
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