Turismo Residencial

Modos de Estar Noutro Lugar




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Sinopse:

No desatar do tempo, a actividade turística tem vindo a sofrer diversas estilizações. Dentre elas, a maior controvérsia recai sobre o denominado “turismo residencial”, que vem perturbar as definições mais tradicionais de “turismo”. A associação destes dois termos que designam, aparentemente, realidades contraditórias, pode parecer equívoca. Há que contar com toda a força social estática das noções de “morada”, “residência”, “habitação”, “lar” que, no imaginário, prendem as pessoas a um lugar, e o modo como isso entra em conflito com a noção dinâmica de “turismo” enquanto acto de deslocação. Sobressaindo de entre os modos de vida expostos pelos estudos do turismo, o turismo residencial, enquanto resultado da actividade racionalizadora dos agentes turísticos, obriga-nos a perspectivar o registo de um neo-residencialismo num sentido mais amplo das transformações sociais, económicas e culturais operadas por estes modos de estar noutros lugares – os países recetores de turismo.

Índice:

Introdução

PARTE I – ESPACIALIDADE DA VIDA SOCIAL MODERNA
1. Transformações contemporâneas da organização da vida social.
1.1. O processo de espacialização da vida contemporânea
1.2. As transformações contemporâneas e o paradigma da mobilidade
1.3. Estratificações da mobilidade contemporânea
1.4. Novos tempos, novos espaços, novas mobilidades
1.5. O Conceito de “Território”
1.5.1. Territórios performativos
1.5.2. Novos territórios afetivos
1.6. Uma nova identidade rural
2. Regimes espácio-temporais da vida contemporânea
2.1. A multiplicidade das unidades de significação do espaço-tempo
2.2. Os espaços outros
2.3. Paradigmas cronotópicos
3. Dinâmicas do habitar contemporâneo
3.1. O espaço residencial como espaço social
3.2. O ser e o habitar
3.3. Economia Política dentro de Casa
3.4. Público e Privado entre-fronteiras
3.5. O eixo comunicacional do espaço residencial
3.6. Viajar, viajar num mundo encolhido
3.6.1. Cultura tecnológica e espaço residencial
3.7. Mobilidade residencial no “espaço de vida”
3.8. Migrar e Residir
3.8.1. Espaço residencial e dinâmicas territoriais
3.9. O espaço residencial como expressão estética
3.10. Plasticidade da vida moderna e reinvenções do habitar
3.11. O modelo de vida urbano e a invenção de um novo rural
4. O neorresidencialismo como exotopia de fronteira
4.1. A construção da identidade turística dos lugares
4.1.1. A emergência de um desejo “do litoral”
4.1.2. Vanguarda cultural e construção social do território turístico
4.2. O neorresidencialismo como estilização do nomadismo “orgânico”
4.3. O neorresidencialismo como metonímia espácio-temporal
4.4. Um rótulo equívoco no continuum turismo/migrações
4.5. Turistas e migrantes como operadores discursivos da mobilidade
4.6. Em casa, fora de casa
4.7. Os neorresidentes como construção política seletiva
4.8. O neorresidencialismo como estilo de vida deslocalizado
4.9. Tipologias de estilos de vida neo-residenciais
4.10. O turismo residencial e tipologias turísticas
4.10.1. O idílio rural
4.10.2. Os burgueses boémios
5. O Imaginário e o Simbólico neo-residencialista
5.1. Topologias imaginárias
5.2. Deambulando entre o real, o imaginário e o simbólico
5.3. A organização topológica do desejo da casa de sonho
5.3.1. A casa de sonho no imaginário dos atratores turísticos
5.3.2. A casa de sonho fora de casa
5.3.3. Comunidade imaginada e reinvenção das raízes

PARTE II – DIAGRAMA EMPÍRICO DA EXPERIÊNCIA
NEO-RESIDENCIAL ALGARVIA
6. Neorresidencialismo – Imagens e clivagens
6.1. O neorresidencialismo como cultura de margens
6.2. Confrontos com a decisão “migratória”
6.3. Modo de incorporação
6.4. A dimensão lúdica do estilo de vida
6.5. Impactos socioculturais da presença dos neorresidentes
6.6. Os neorresidentes e o desenvolvimento económico do Algarve
6.7. Conclusões
7. Traços de uma cultura multissituada
7.1. Caracterização da amostra
7.2. Elementos de composição da cultura neo-residencial
7.2.1. As conexões com a decisão migratória
7.2.2. Caracterização dos modelos inter-relacionais
7.3. Imagens e clivagens
7.3.1. Vetores apreciativos da residência local
7.3.2. Vetores depreciativos da residência local
7.4. Entre anfitriões e convidados
7.4.1. Relações de fronteira
7.4.2. Relações de fronteira – possibilidades e limites
7.5. Padrões de Mobilidade
7.5.1. Os significados da casa de férias
7.6. O complexo mundo das viagens
7.6.1. Dinâmicas da mobilidade
7.7. Translações socioespaciais
7.8. Lógicas de sentido das viagens
7.9. Significados das viagens
7.10. Neorresidencialismo e mercado de bens e serviços
7.11. Modelos turísticos
7.11.1. Descrição e explicação teórica
7.11.2. Operacionalização dos modelos
8. Conclusões

Anexo: Questionário do inquérito aos residentes

BIBLIOGRAFIA


OS AUTORES:

José Manuel Figueiredo Santos, natural de Estombar, doutorado em Sociologia da Cultura pela Universidade Nova de Lisboa, é professor coordenador na Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo da Universidade do Algarve.

Eduardo Jorge Esperança, natural de Angola, doutorado em Sociologia pela Universidade de Évora, é professor auxiliar do Departamento de Sociologia da Universidade de Évora.

Detalhes:

Ano: 2011
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 350
Formato: 23x16
ISBN: 978-989-689-164-0
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