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Sinopse:
O Tratado Médico-Filosófico sobre a Alienação Mental faz sistema com a prática clínica e de gestão hospitalar do seu autor. Inspirado na tradição hipocrática e no ideal iluminista e filantrópico da Revolução Francesa, Pinel empreende a tarefa de curar os doentes mentais e reintegrá-los na vida social. A evolução do seu pensamento acompanha a sua experiência na Salpêtrière. A segunda edição (1809) da obra, que é posta à disposição do público leitor, é uma versão mais elaborada e reflexiva do que a da primeira edição (1801).
A avaliação da obra teórica e prática de Pinel continua a ser objecto de uma controvérsia que poderá revelar-se fecunda, decorridos mais de dois séculos.
Trabalho realizado no âmbito do projecto PTDC/FIL/64863/2006 – Filosofia, Medicina e Sociedade, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.
Índice:
Biografia de Philippe Pinel
Pinel e a Fundação da Psiquiatria Adelino Cardoso
O carvalho, o mato e a floresta. Das fundações da clínica no Tratado Médico-Filosófico sobre a Alienação Mental Manuel Silvério Marques
TRATADO MÉDICO FILOSÓFICO SOBRE A ALIENAÇÃO MENTAL
Prefácio Introdução à Primeira Edição Plano Geral da Obra
PRIMEIRA SECÇÃO. Causas adequadas para determinar a alienação mental
I. Alienação originária ou hereditária II. Influência de uma instituição viciosa sobre o desvario da razão III. Irregularidades extremas na maneira de viver adequadas a produzir a alienação IV. Paixões espasmódicas adequadas para determinar a alienação V. Das paixões debilitantes ou opressivas VI. Das paixões alegres ou expansivas consideradas como adequadas para desencaminhar a razão VII. Uma constituição melancólica, causa frequente dos desvios mais extremos e das ideias mais exageradas VIII. Sobre certas causas físicas da alienação mental SEGUNDA SECÇÃO. Caracteres físicos e morais da alienação mental
I. Lesões da sensibilidade física na alienação mental II. Lesões da percepção dos objectos exteriores na alienação III. Lesões do pensamento na alienação IV. Lesões da memória e do princípio de associação de ideias na alienação V. Lesões do juízo dos alienados VI. Emoções e afecções morais próprias dos alienados VII. Erros ou desvios da imaginação na alienação mental VIII. Mudança do carácter moral na alienação
TERCEIRA SECÇÃO. Distinção das diversas espécies de alienação
I. Mania ou delírio geral Caracteres específicos da mania Um acesso de mania periódica é o tipo de mania contínua? A mania com delírio pode ser frequentemente tratada? A mania pode existir sem uma lesão do entendimento? Exemplo de uma espécie de exaltação maníaca sem delírio A mania sem delírio marcada por um furor cego Outro exemplo memorável de mania não delirante
II. Melancolia ou delírio exclusivo Acepção corrente do termo melancolia A melancolia considerada como alienação Duas formas opostas que o delírio melancólico pode assumir A melancolia pode, depois de alguns anos, degenerar em mania? Variedade de melancolia que leva ao suicídio
III. Demência ou abolição do pensamento Os traços mais salientes da demência observados por vezes na sociedade Ideias incoerentes entre si e sem nenhuma relação com os objectos exteriores Exemplo adequado a tornar sensível a diferença entre a demência e a mania IV. Idiotismo ou obliteração das faculdades intelectuais e afectivas A língua francesa pouco rica para exprimir os diversos graus de alienação Espécie de idiotismo produzido por afecções vivas e inesperadas O idiotismo, espécie de alienação frequente nos hospícios, curado às vezes por um acesso de mania Principais traços do carácter físico e moral dos Cretinos da Suíça Considerações gerais sobre os diversos géneros de alienação
QUARTA SECÇÃO. Polícia interior, e Regras a seguir nos estabelecimentos consagrados aos alienados
I. Plano geral e distribuição interior do Hospício das Alienadas
II. Sobre os meios de repressão usados contra os alienados
III. Necessidade de manter uma ordem constante nos hospícios dos alienados e de estudar as variedades do seu carácter.
IV. Importância e dificuldades extremas em estabelecer uma ordem constante no serviço dos Alienados
V. Vigilância paterna a exercer para a preparação e distribuição dos alimentos
VI. Consequências funestas da escassez que ocorreu, no ano IV, nos Hospícios dos Alienados
VII. Exercícios corporais variados ou aplicação a um trabalho mecânico, lei fundamental de qualquer hospício de Alienados
VIII. Preceitos gerais a seguir no Tratamento moral
IX. Precauções que a exaltação extrema das opiniões religiosas deve levar a tomar
X. Restrição extrema quanto às comunicações dos Alienados com as pessoas do exterior
XI. Medidas de vigilância que certos caracteres perversos ou muito empolados exigem
XII. Preceitos que importa seguir na direcção dos Melancólicos
QUINTA SECÇÃO. Resultados da experiência antiga e moderna sobre o tratamento médico dos alienados
I. Acerca do uso de bater nos alienados como meio para os curar
II. O uso tão frequente da sangria funda-se numa experiência esclarecida?
III. Sobre a imersão brusca do Alienado em água fria, vista como meio de cura
IV. Tratamento a seguir durante o primeiro período da mania
V. Sobre o uso de certos remédios mais ou menos activos e adequados para secundar as medidas do tratamento geral
VI. Considerações relativas ao tratamento médico no segundo e terceiro períodos do delírio maníaco
VII. Terminação crítica da alienação que se opera, algumas vezes, mediante erupções espontâneas
VIII. Dificuldade e importância de decidir, em certos casos, se a alienação pode ser curada. Exemplo muito notável
IV. Medidas de prudência a tomar para o reenvio dos alienados convalescentes
SEXTA SECÇÃO. Resultados de observações e construção de tabelas para auxiliar a determinação do grau de probabilidade da cura dos alienados
I. Regras seguidas no hospício das alienadas da Salpêtrière para a organização dos registos e construção das tabelas II. Alienadas admitidas ao tratamento sem nenhuma informação sobre o seu estado anterior, ou melhor, alienadas tratadas noutro lugar antes da sua admissão no hospício
III. Disposições para a alienação resultantes da idade e do estado de casamento ou de celibato
IV. Maior ou menor frequência da Alienação segundo as suas causas
V. Método de tratamento das Alienadas sugerido pela natureza das causas determinantes e confirmado pelo cálculo das probabilidades
VI. Duração do tratamento adequado a prevenir as recaídas
VII. Recaídas surgidas após a cura e a saída do hospício
VIII. Do número respectivo de sucessos ou de insucessos no tratamento das Alienadas
IX. Sucesso duvidoso do tratamento em certos casos de Alienação pela falta de caracteres sensíveis
X. Resultado geral do tratamento das Alienadas do Hospício da Salpêtrière durante os anos de 1806 e 1807 Ano de 1806 Ano de 1807
SÉTIMA SECÇÃO. Casos incuráveis de alienação por vícios de conformação ou outras causas
I. Períodos da vida mais propícios a fazer contrair a mania que advém de causas morais
II. Variedade das dimensões da cabeça e escolha dos objectos a desenhar
III. Casos de incurabilidade da Alienação por causas acidentais
Ficha dos autores citados por Pinel
Detalhes:
Ano: 2011
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 322
Formato: 23x16
ISBN: 978-989-689-087-2
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