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Sinopse:
A poesia permite¬ lhe [a Adelino Torres] olhar o mundo e a si próprio sem peias nos olhos, sem que, nesses actos de maior liberdade, despreze, por assim dizer, a ciência e o que ela poderá importar de positivo para a condição humana e para o mundo: “Arte, filosofia, ciência / dão forma ao equilíbrio do universo / onde a palavra é a própria criação”, diz nos primeiros versos do poema “Visão”, incluído na presente antologia. O espírito científico é, a par do racionalismo, um tema recorrente na poesia contida nesta e noutras antologias. “A verdade não é um resíduo / do saber esquecido / mas a substância vaga / do saber que não virá / pelos caminhos trémulos / dos deuses domadores de sombras”, escreve num poema dedicado à problemática do terrorismo islamita.
O livro está dividido em duas partes, “Cantos do crepúsculo” e “Ironias”. A primeira dá título ao livro, cujos poemas expressam, no seu conjunto, o olhar amadurecido, por vezes amargurado, de alguém que se acha no crepúsculo da vida; é um olhar que incide sobre o que o rodeia, mas também sobre si próprio, no sentido em que dificilmente o íntimo, o eu do sujeito que observa e participa é separável do mundo objectivo, do mundo que lhe é, em princípio, exterior.
Índice:
Prefácio de José Carlos Venâncio
I – CANTOS DO CREPÚSCULO 1 – Partida 2 – Tempos maduros 3 – Manuel de Oliveira cineasta 4 – Conformismo 5 – Inércia 6 – Mistério 7 – Urbanismo 8 – Justiça 9 – Hipertrofia 10 – Visão 11 – Sentido 12 – Computopia 13 – Caos 14 – Agonia 15 – Fim do mundo 16 – Memórias 17 – Descobertas 18 – O “Quinto Império” 19 – Dúvida 20 – Necessidade das coisas simples 21 – Substância 22 – Rumos incertos 23 – Imaginação 24 – Exílio 25 – Definição do universo 26 – Sem bandeira 27 – Rituais parlamentares 28 – Ilhas do Sul 29 – Palavras imóveis 30 – Grão de pó 31 – Nova servidão 32 – Decadência 33 – Ventos do Oriente 34 – Solidão 35 – Caminhada 36 – Velhice 37 – Modernidade 38 – Introspecção 39 – Holocausto 40 – Evolução 41 – O espírito e a matéria 42 – Loucura poética 43 – Traders 44 – Magia 45 – Serenidade 46 – Existência 47 – Vista dos montes da Covilhã 48 – Rodopio 49 – A raiz da palavra 50 – Rwanda 51 – Sonho de uma noite de verão africana 52 – Recordação 53 – Totalidade 54 – Safari 55 – História 56 – Superstição 57 – Diferença 58 – Saber ser 59 – Incerteza 60 – O presente do futuro 61 – Valbom 62 – Viagem 63 – Relativismo 64 – Metafísica ou não 65 – Em busca de definição 66 – Paragem 67 – O dia da morte de José Saramago 68 – Palavra indizível 69 – Mektube islamita 70 – Princípio da razão (in)suficiente 71 – Espírito do mundo 72 – Ciclo 73 – Rotina 74 – Revoluções 75 – Liberdade 76 – Tempos vindouros 77 – Perversão 78 – Descobertas 79 – Suavidade 80 – Saber 81 – Ressentimento 82 – Polémicas mundanas 83 – Tudo é transitório 84 – Pensamento que voa 85 – Desobediência
II – IRONIAS 86 – Confissão 87 – Linguagem de pássaros 88 – Bom senso precisa¬ se 89 –Ideais 90 – La sagesse du «jamais» em lusolês 91 – Perfeição 92 – O império da náusea 93 – Perfeição total 94 – Quantidades mágicas 95 – Rei do desporto 96 – Ultraliberalismo descascado 97 – Homenagem póstuma 98 – Olimpo português 99 – Crise financeira 100 – Os pardais 101 – Penitência 102 – Vaidades
Do mesmo Autor
Detalhes:
Ano: 2010
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 132
Formato: 20,5x15
ISBN: 978-989-689-038-4
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