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Sinopse:
O presente estudo incide sobre a questão da assistência religiosa em campanha durante a Primeira Guerra Mundial, quando os governos da novel República defendiam que a religião respeitava somente ao foro privado, devendo estar afastada de instituições primordiais como eram a escola e o exército. Numa conjuntura em que seria difícil para o Estado incorrer no desagrado da maioria da população que não se conformava com a ausência de um representante de Deus na hora suprema da morte, os católicos, bem como a pequena mas dinâmica comunidade protestante, conseguiram ter na frente de batalha, como voluntários, os seus “missionários”. No enorme caldeirão da guerra, debateram-se, assim, livres-pensadores que viviam a descrença com um fervor de autênticos crentes, capelães católicos e pregadores protestantes, cada um lutando pela sua verdade.
O estudo revela um outro lado da Guerra, com soldados portugueses e soldados ingleses a rezarem em conjunto nos mesmos espaços; capelães portugueses a oficiarem perante populações francesas, em colaboração com o clero local; grupos de leigos franceses a participarem na liturgia ao lado dos combatentes portugueses, levantando para o céu os mesmos cânticos.
Índice:
1. A questão da assistência religiosa em campanha 2. A guerra como via para a moralização e a regeneração da sociedade 3. A organização dos católicos 3.1. A comissão central de assistência religiosa em campanha 4. Capelães e soldados – na zona das trincheiras 4.1. A acção patriótica dos capelães 4.2. O relacionamento com os oficiais 4.3. A preocupação com as horas de lazer dos soldados – A Casa do Soldado 4.4. Em combate – a batalha de La Lys 4.5. Um corpo de capelães cada vez mais reduzido 4.6. Diligências para aumentar o número de padres – de Norton de Matos a Sidónio Pais 4.7. O alargamento do espaço assistencial 4.8. As exéquias na Sé Patriarcal 4.9. Depois do armistício 4.10. Os colaboradores dos capelães 5. Os protestantes e a assistência religiosa aos combatentes da guerra europeia 5.1. O Triângulo Vermelho Português 5.2. Protestantes e católicos 6. Os capelães em África Nota Final Fontes e Bibliografia
A AUTORA: Maria Lúcia de Brito Moura é doutorada em História Contemporânea pela Universidade de Coimbra e membro do CEHR - Universidade Católica Portuguesa. Nos últimos anos a sua investigação tem-se centrado, especialmente, sobre as clivagens provocadas na sociedade portuguesa pelo programa laicizador republicano, privilegiando o estudo das resistências populares à execução de tal desiderato. Tem igualmente integrado projectos de investigação no âmbito das relações entre Estado e Igreja nos séculos XIX e XX, bem como acerca do papel das mulheres nas lutas ideológicas da primeira metade do século XX. Dos trabalhos publicados nestas áreas, destaca-se A Guerra Religiosa na Primeira República. Crenças e mitos num tempo de utopias.
Detalhes:
Ano: 2010
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 130
Formato: 23x16
ISBN: 978-989-689-031-5
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