Feijó, Meu Lindo Feijó

A identidade de um grupo coral alentejano no concelho de Almada




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Autoria: Ana Durão Machado

Sinopse:

Ouvir o cante no Feijó, sentido e dolente, vestido com uma roupagem antiga, fez-me refletir como era possível reunir num grupo coral alentejano homens vindos de tantos lados diferentes, com aquela identidade tão vincada. Como conseguiam cantar em conjunto daquela maneira, quando possuíam individualmente diferentes tradições de cante e de sotaques, conforme as suas proveniências? E aos poucos nasceu em mim uma vontade irresistível de largar todas as ideias que me levavam a querer estudar o cante no Alentejo e desbravar aquele terreno antropológico em Almada, que me parecia tão promissor, ainda tão pouco explorado e estudado. ******************************************************** Estudo antropológico realizado entre 1999 e 2000, junto do Grupo Coral Etnográfico “Amigos do Alentejo” do Feijó, no concelho de Almada, no âmbito de uma dissertação de tese do Mestrado em Antropologia, “Património e Identidades”, do ISCTE. ¶ ■ Neste trabalho de investigação analisa-se o modo como um grupo coral alentejano constrói e projeta a sua identidade através do cante, conjugando entre si elementos provenientes de diversas terras do Alentejo, com diferentes modos de cantar. Esta construção identitária é algo que se vai reconfigurando e adaptando, traduzindo-se numa harmonização não só vocal, mas também na unidade que o grupo foi ganhando ao longo da sua existência. ¶ ■ Neste sentido, o cante alentejano no Feijó, mais do que um mote de referência, mais do que um hino identitário, é também um itinerário que percorre a história e a vida social de muitos migrantes alentejanos, sediados na Margem Sul do Tejo, projetando através dele o mito do eterno retorno às suas origens e às suas raízes.

Índice:

Apresentação

1. As influências da Antropologia Urbana na escolha do objeto
de estudo
2. O trabalho antropológico

I. As Rotas do Alentejo Migrante – A Margem Sul do Tejo como
destino eleito
1. O Alentejo – região produtora de migrantes
2. Os Alentejanos na Margem Sul do Tejo
3. Almada – um dos maiores concelhos da diáspora alentejana

II. Estratégias e Redes Sociais no processo da migração alentejana: A Família e o Trabalho
1. As motivações da partida e a importância das redes sociais
no lugar de chegada
2. A Família como rede indispensável num novo meio social
3. Percursos Migratórios
4. As Migrações no Feminino
5. A questão do alojamento
6. O papel da família na manutenção da identidade coletiva
7. O Trabalho: À procura de uma ocupação
7.1 A importância das redes sociais na obtenção de emprego
7.2 O trabalho no feminino

III. As Coletividades do Concelho de Almada: um importante
espaço de Convívio e sociabilidade para os Migrantes
Alentejanos
1. O Associativismo e o fenómeno migratório
2. Almada – um Concelho com forte tradição Associativa
3. Os Alentejanos nas Coletividades do concelho de Almada
3.1 O Clube Recreativo do Feijó e a Sociedade Recreativa
Estrelas do Feijó: dois espaços associativos de socialização
alentejana
3.2 O Perfil dos Sócios Alentejanos do Clube Recreativo
do Feijó e da Sociedade Recreativa Estrelas do Feijó
3.2.1. A Naturalidade
3.2.2. Sexo, Idade e Estado Civil
3.2.3 As profissões
3.2.4. A área de influência geográfica do Clube Recreativo
do Feijó e da Sociedade Recreativa Estrelas do Feijó

IV. “O Alentejo fora do Alentejo, mas com o Alentejo no coração”
– O Cante e a emergência de tornar visível uma identidade
regional
1. O Cante Alentejano enquanto expressão melódica de um povo
2. O Cante transposto para o Feijó – a importância das tabernas
como refúgios dos alentejanos
3. A Criação do Grupo Coral “Amigos do Alentejo”
4. Caraterização do Grupo Coral e Etnográfico “Amigos do Alentejo do Clube Recreativo do Feijó

V. Uma etnografia do cante no Feijó – A dinâmica social
de um grupo coral alentejano
1. O Primado da Etnografia
2. Os primeiros contactos com o Grupo Coral Etnográfico
“Amigos do Alentejo” do Clube Recreativo do Feijó
1.1 O primeiro ensaio a que assisti
2. A instalação no terreno antropológico a tempo inteiro: A residência no Laranjeiro
3. O cante espetáculo – discursos e práticas performativas
4. O Cante Espontâneo
5. A vivência interna do grupo coral – os conflitos e a importância do coletivo
7. A Morte inesperada de Serafim Matias – a perda de um dos cantadores dos “Amigos do Alentejo”
8. O papel social das mulheres no grupo coral
dos “Amigos do Alentejo”

VI. O cante na construção social da identidade alentejana
em Almada
1. A identidade cultural enquanto jogo polissémico
2. A importância da tradição como elemento de coesão
3. Os fenómenos culturais de sincretismo
4. As práticas festivas, as modas e os trajes do Grupo Coral e Etnográfico “Amigos do Alentejo” do Feijó numa perspetiva inter-cultural
4.1 As festividades
4.2 As modas que cantam as novas moradas
4.3 O Traje Etnográfico
4.3.1. A descrição dos trajes
4.3.2. O traje: um elemento identificador

VII. Vinte anos depois
1. O Regresso ao convívio com o Grupo Coral Etnográfico
“Amigos do Alentejo” do Feijó
2. A Composição do Grupo Coral Etnográfico
“Amigos do Alentejo” do Feijó, em 2019
3. Estrutura identitária do Grupo Coral Etnográfico
“Amigos do Alentejo”: Desafios, Dificuldades e Oportunidades
4. Entre o passado e o futuro: memórias e perspetivas
– o inevitável envelhecimento do coral alentejano do Feijó

Reflexões Finais

Bibliografia


* * * * *


A AUTORA:

ANA DURÃO MACHADO, nasceu em 1973, em Lisboa. É licenciada em Antropologia pela Faculdade Ciências Sociais e Humanas, possui um Mestrado em Antropologia, na especialidade de Património e Identidades, pelo ISCTE, e uma Pós Graduação, em Ciências Documentais, pela Faculdade de Letras de Lisboa. Trabalha no Ecomuseu Municipal do Seixal, desde 2006.

Detalhes:

Ano: 2020
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 204
Formato: 23x16
ISBN: 9789895660278
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