Artur de Oliveira Santos – Um Republicano Idealista 1884-1955

O Administrador de Ourém nas “Aparições de Fátima”




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Sinopse:

Artur de Oliveira Santos é uma das figuras mais controversas dos inícios do século XX, apesar de, injustamente, estar apenas ligado ao papel que teve em 1917, aquando das Aparições de Fátima. ¶ Tendo sido um espectador privilegiado do 5 de Outubro em Lisboa, ocupou cargos de importante relevância local, tais como Vice-Presidente e Presidente da Câmara e até de Administrador do Concelho de Vila Nova de Ourém (por 4 vezes). Pertenceu ao Canteiro Latino Coelho da Associação Carbonária Portuguesa e à Loja maçónica Acácia de Lisboa. ¶ Com o derrube da Primeira República, envolveu-se em atentados do Reviralho, quer contra a Ditadura Militar, quer contra Salazar. Passou pelas cadeias de Monsanto e Aljube, antes de fugir para Espanha, onde militou nos «Budas» de Madrid, ligados à Liga de Paris. Exilado, acabou por se envolver na Guerra Civil espanhola. ¶ Beneficiando da amnistia de 1940, regressou a Portugal, mantendo-se politicamente activo. Jornalista de reconhecido valor, dedicaria os seus últimos anos de vida à escrita na imprensa nacional e local, assinando sempre as suas crónicas com o pseudónimo de João de Ourém. ******************************************************* Artur de Oliveira Santos, o célebre administrador de Vila Nova de Ourém, foi durante mais de 100 anos uma figura estigmatizada, ligada apenas ao episódio da “prisão dos pastorinhos de Fátima”, em 13 de Agosto de 1917. ¶ Numa época marcada por mudanças radicais em Portugal (Primeira República e Estado Novo), esta importante figura republicana envolveu-se em polémicas, arriscou a vida pelos seus ideais, praticou atentados bombistas contra a ditadura saída do 28 de Maio de 1926, esteve preso e viveu no exílio, em Espanha. Regressado a Portugal em 1940, viria a apoiar a candidatura de Quintão Meireles à presidência da República em 1951.

Índice:

Prefácio

Notas introdutórias

1. Breve caracterização de Vila Nova de Ourém nos finais do século XIX
1.1. O território
1.2. A população
1.3. A economia
1.4. A rede viária e ferroviária
1.5. A Religião
1.6. A Educação
1.7. Vila Nova de Ourém nos finais do século XIX

2. O Nascimento de Artur de Oliveira Santos

3. A infância e a juventude

4. O casamento

5. Os ideais republicanos de Artur de Oliveira Santos durante a Monarquia
5.1. O nascimento dos primeiros filhos, Franklim e Democracia
5.2. Artur de Oliveira Santos e a organização republicana no concelho
5.3. Artur de Oliveira Santos jornalista
5.4. A luta política no concelho, nos anos finais da monarquia
(1908 a 1910)

6. Artur de Oliveira Santos nos primeiros anos da República
6.1. A participação nos acontecimentos do 5 de Outubro de 1910
6.2. A “limpeza moral”: as leis republicanas e a sua implementação no concelho de Vila Nova de Ourém
6.2.1 –Artur de Oliveira Santos e a republicanização do concelho
6.2.2. “Está o povo à espera!”
6.3. A cisão republicana em Ourém
6.4. A fundação do jornal A Voz de Ourém
6.5. Artur de Oliveira Santos e a luta política no concelho, em 1913

7. A instabilidade política e o início da Primeira Grande Guerra (1914 1916)
7.1 – A luta partidária no concelho em 1914
7.2. O inicio da Primeira Guerra Mundial
7.2.1. A actividade política de Artur de Oliveira Santos
(1915-1916)

8. Entre a “loucura dos homens” e a “bondade divina” (1917-1919)
8.1. A entrada de Portugal na Grande Guerra e a luta política
em Vila Nova de Ourém
8.2. As Aparições na Cova da Iria
8.2.1. A intervenção de Artur de Oliveira Santos em 13 de Agosto
de 1917
8.2.2. As aparições de Setembro e Outubro de 1917
8.2.3. O desencadear de acções concretas na Cova da Iria

9. A oposição de Artur de Oliveira Santos à República Nova
de Sidónio Pais

10. O regresso à “velha” República e a partida de Artur de Oliveira Santos para Lisboa

11. Artur de Oliveira Santos nos últimos anos da Primeira República (1920-1926)
11.1. Artur de Oliveira Santos e os confrontos na Cova da Iria
em 1920
11.2. A “morte” de Artur de Oliveira Santos
11.3. A luta política a partir de Lisboa
11.4. De novo Administrador do Concelho (1924-1926)
11.5. 1926 e o fim do poder político de Artur de Oliveira Santos

12. As acções revolucionárias de Artur de Oliveira Santos contra a ditadura (1928 e 1931)

13. Os anos do exílio (1931-1940)
13.1. A fuga para Espanha
13.2. Os primeiros anos de exílio
13.3. A actividade conspiratória
13.4. Lutando pela sobrevivência
13.5. Artur de Oliveira Santos e a Guerra Civil Espanhola
13.6. A amnistia dos Centenários e o regresso a Portugal

14. O regresso a Portugal de Artur de Oliveira Santos (1941-1954)
14.1. O fim do exílio e a vida em família
14.2. Artur de Oliveira Santos e a Casa de Ourém
14.2.1. A nova bandeira do Município de Vila Nova de Ourém
14.2.2. A criação da Casa de Ourém
14.3. As crónicas de João de Ourém (1944 a 1955)
14.3.1. As crónicas sobre Espite
14.3.2. Os Homens da Nossa Terra
14.3.3. Reminiscências sem cronologia e Coisas palpáveis
através de Ourém
14.3.4. O Largo da Loiça – Outrora, agora e por ali fora …
14.3.5. Da Praça Agostinho Albano de Almeida – Bairro
e vice versa
14.3.6. Da Avenida D. Nuno Álvares Pereira a algumas
povoações da freguesia do Olival
14.4. A actividade cívica e política de Artur de Oliveira Santos
(1942-1954)
14.4.1. O ataque político a Artur de Oliveira Santos em 1951
14.4.2. As homenagens aos amigos

15. O internamento de Artur de Oliveira Santos em 1955

16. O falecimento de Artur de Oliveira Santos
16.1. A transladação de Artur de Oliveira Santos e de sua mulher
Idalina para Vila Nova de Ourém

Reflexões Finais

APÊNDICES

BIBLIOGRAFIA


* * * * *


O AUTOR:

JOSÉ MANUEL DIAS POÇAS DAS NEVES, licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, tem uma pós-graduação em Ciências Documentais pelo Instituto Politécnico de Tomar e o Mestrado em História Regional e Local, pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. ¶ Entre as várias obras já publicadas, salientam-se Fátima dos Inícios do Século XX – A freguesia de Fátima (1900 -1917); Memórias de Boleiros, uma aldeia de Fátima; A Alma de um Povo – Os 75 anos do Notícias de Ourém (1933-2008) ; Quando os sinos tocavam a rebate – Memórias de uma associação centenária, os bombeiros Voluntários de Ourém e O Concelho de Vila Nova de Ourém em 1924. ¶ Foi galardoado em 2018 com o Prémio Villa Portela.

Detalhes:

Ano: 2020
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 440
Formato: 23x16
ISBN: 9789896899691
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