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Sinopse:
Há a ressonância de um ontem a morder a memória num hoje vestido de sombra, o fluir poético nas tranças do tempo. Permanecida nos terrenos baldios, a poetisa procura a libertação na liberdade de um espaço e tempo dados ao desafio, um tempo que acena ao provir incerto. E sinto, no escutar de uma voz telúrica, o perfume das flores coloridas num jardim de outros tempos, ouço a melancolia no timbre de versos roucos que gritam na lembrança de um melro a cantar sobre a terra que não existe no hoje transformado, vejo o berço dos areais divinos mordaçados na desagregação que o tempo investe. Rosário Pedroso é a voz do tempo, do tempo inteiro repercutido como eco que soa num inverno demorado. Talvez a voz triste que bebe a alegria no memorando escrito nas margens íntimas. Talvez, sim, talvez! Talvez, porque nada é claro na poesia, mesmo nos dias que brilham refletidos na vidraça do olhar. A voz poética é a clareza reversiva na sombra, e, aqui, a claridade é antiga. ¶ [Luís Ochoa]
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Rebento de Pássaros // Rebento de pássaros / e as ansas surgem cobertas por saveiros. / Faço estalar as nuvens de gelo / e a confusão rubra / aparece sem sombras. / Estou na rebentação com os pássaros / para poder ser esmeralda no berço / e subir o Nilo em paz / ser rebento de ganso na grande curva do rio. ¶ [Rosário Pedroso]
Índice:
PREFÁCIO
I – No limite da planura Um rio Poema de Maio As cores da minha poesia O melro “A minha terra” Lá fora O cais das colunas Primavera em chamas Morte Os refugiados De olhos abertos I De olhos abertos II
II – Cais insone EIVISSA Cais insone Ser Trèves ou Trier No longe porto As Ardenas Evasão O que me inspira Presságios Um sabor intenso a sal Enquanto escrevo Um areal nos teu braços A praia do Norte Indefinidamente
III – Notas do Norte No rasto do sonho A GUARDA I Determinação As mulheres da praia No silêncio O teu olhar A sede As parreiras de Venade No tempo da cidra Olhares Natais Casario
IV – As terras alagadas As primeiras chuvas O sonho A ribeira Valada As cheias Eternamente o toque do sino Ânsias Viagens Dias selvagens Saudade A cidade
V – As essências Deixa-me pensar Apenas ser Os passos do amor Vejo-te Versos à solta As neves eternas Fado Por causa de ti... No percurso da liberdade... Sentires na cidade
VI – Poemas da ausência Se me faltas... Poema da ausência Os dias Berlenga Ao calor O carvalhal No outono Mar A Barra Espuma, sol e pedras As flores Olhos de Água
VII – Sombras rock – flashes Os poetas Manda-me tâmaras Nas galerias Passeias pelas palavras Um trajeto O montado Helena Danço A ferida Só
VIII – No relevo do sonho Quem seriam... Espaços telúricos As metáforas Raízes ao sol A praia do Sul De mãos dadas A tempestade Dizer... Ao silvo do dia Partida das andorinhas
IX – Os rios A Guarda II Castro Daire Tedo Desço os rios As rosas eternas Naquele inverno Mediterrânico Lírio
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ROSÁRIO PEDROSO nasceu em Lisboa na freguesia de Santa Justa a 19 de abril de 1963. Tem raízes no Alto Minho e na Beira Litoral. Vive em Cascais e é professora do Ensino Secundário. ¶ • Autora de dois livros de poesia (Por uma hora não vale a pena, 1981, Edição do autor; Extramuros Espaços e Tempos Habitáveis, Pastelaria Studios, 2016), tem participações em diversas obras coletivas, entre as quais ECLÉTICA e MUNDOS, editora Colibri, 2016-2020. ¶ • Coautora na antologia POESIA PORTUGUESA 2013-2018, edição bilingue, Asas de Poesia e Editorial Novembro, 2018. Na década de oitenta, vários poemas seus foram publicados em diversos jornais. As suas criações poéticas podem ser lidas na página de Facebook “Rosário Pedroso in poesia”.
Detalhes:
Ano: 2020
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 142
Formato: 21x15
ISBN: 9789896899752
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