As Esquerdas Radicais Ibéricas entre a Ditadura e a Democracia

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Sinopse:

Nos anos 70 do século passado, quando findaram as ditaduras ibéricas, a constelação de pequenas organizações que se situavam à esquerda dos partidos comunistas congregaram inteligências e vontades de uma geração nascida do segundo pós-guerra, em tempos de guerra fria e do desenvolvimento do capitalismo e da sociedade de consumo. ¶ Eram organizações profundamente sectárias e dogmáticas, de base predominantemente estudantil, oscilando entre a agitação e o doutrinarismo, acentuando divergências e desmultiplicando-se em pequenas e grandes cisões. ¶ A queda das ditaduras ibéricas proporcionou-lhes processos de reconfiguração e de crescimento que lhes permitiu uma intervenção que tem sido historicamente desvalorizada. ¶ Este Colóquio procura reapreciar, numa perspetiva comparada, o seu papel nos processos de transição democrática. ********************************************************* Maoístas e trotskistas, luxemburguistas e internacional situacionistas, autogestionários e neo-estalinistas, gramscianos e libertários, a queda das ditaduras ibéricas proporcionou-lhes processos de reconfiguração e de crescimento na especificidade dos processos que se seguiram, cujo estudo comparativo ajudará a clarificar não só os espaços de interacção e solidariedade, como de convergência ou abjunção de posicionamentos, actuações e desenvolvimentos no espaço peninsular. ********************************************************* As esquerdas radicais ibéricas na pluralidade das suas expressões foram parte incontornável do processo de transição para a democracia. ¶ Expressando distintas ideias e modelos de revolução, ajustando-se e desajustando-se das conjunturas em que intervinham, procuraram construir respostas, disputar influências junto de diferentes camadas e sectores sociais. ¶ O conjunto de comunicações e trabalhos que vão ser apresentados ao Seminário constituem um contributo para um melhor conhecimento de uma faceta menos valorizada desse período tanto em Portugal como em Espanha, onde os processos de transição se cruzaram no tempo e na especificidade de cada país.

Índice:

INTRODUÇÃO

IDEOLOGIAS E ORGANIZAÇÕES POLÍTICAS
Enrique Gonzáles de Andrés Consejo Superior de Investigaciones Cientificas)
Partido Comunista de España versus Izquierda Radical. Teoría
y praxis desde el antifranquismo hasta la revolución

István Szilágyi (Universidade de Pécs, Hungría)
Las raices y las transformaciones ideológicas de la izquierda radical ibérica durante la transición política y la consolidación democrática

João Madeira (ICH-FCSH-UNL)
“Em frente pela reconstrução do Partido!” – A unificação dos grupos “marxistas-leninistas” e o processo revolucionário em Portugal

Víctor Peña González (Universidade de Cádiz – Grupo de Estudios
de Historia Actual, PAI-HUM315)
Las dos caras de la misma moneda. Los leninistas españoles entre
la reforma y la ruptura

Emanuele Treglia (UFV-CIHDE)
Os ventos da China. A ORT e o maoismo na transição espanhola

VIOLÊNCIA ARMADA NOS PROCESSOS DE TRANSIÇÃO
Ana Sofia Ferreira (IHC-FCSH-UNL)
«Unir, Organizar, Armar»: O PRP durante o PREC

José Catalán Deus (Jornalista e escritor)
La chispa y la pradera. La influencia del maoísmo en la España
de los 70. Del FRAP al GRAPO

A DIMENSÃO INTERNACIONAL DAS TRANSIÇÕES
Eduardo Abad García (Universidade de Oviedo)
Cravos para a Espanha. La influencia de Portugal en la 5 construcción de la identidad comunista ortodoxa española

Pedro Ponte e Sousa (FCSH-UNL & IPRI)
Not so radical after all? The contributions of Foreign Policy Change literature for the case of NATO membership in 1975

ESQUERDA RADICAL E MOVIMENTOS SOCIAIS
Jorge Fontes (IHC-FCSH-UNL)
As esquerdas radicais na revolução portuguesa de 1974-1975: o caso dos estaleiros navais de Lisboa e Setúbal

Miguel Angel Pérez Suárez (IHC-FCSH-UNL)
A mobilização da Interempresas: um caso especial de implantação
social da esquerda revolucionária

Pamela Peres Cabreira (IHC-FCSH-UNL)
A autogestão das trabalhadoras da Sogantal durante o período
revolucionário português: uma análise segundo o jornal Combate
(1974-1975)

INCIDÊNCIAS REGIONAIS NOS PROCESSOS DE TRANSIÇÃO
David Martínez Pérez (Universidade de León)
La izquierda radical leonesa: de la huelga de la construcción
al leonesismo

Constantino Piçarra (IHC-FCSH-UNL)
As Esquerdas Radicais no Distrito de Beja no Decurso do Processo
Revolucionário, 1974-1976

Miguel Ángel González Claros (Université Caen, Universidade de Cádiz)
El movimiento obrero en Málaga en los últimos años de la dictadura de Franco

O FIM DO PROCESSO REVOLUCIONÁRIO PORTUGUÊS
Ana Barradas (Jornalista)
Quando Abril acabou em Novembro

Detalhes:

Ano: 2020
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 230
Formato: 23x16
ISBN: 9789896899455
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