Fernando Pessoa – TEXTOS ATEÍSTAS, ANTIRRELIGIOSOS E ANTICATÓLICOS




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Organização: Victor Correia

Sinopse:

Este livro reúne muitos dos textos ateístas, agnósticos, céticos, antirreligiosos, anticristãos, anticatólicos, e anticlericais, que foram escritos por Fernando Pessoa, ao longo de toda a sua vida, e que foram publicados até hoje. São textos de poesia e de prosa, uns literários e outros não literários, aqui anotados e organizados por diversos capítulos. Estes textos aparecem em Fernando Pessoa ortónimo, mas também em praticamente todos os seus heterónimos, o que revela portanto que a sua descrença em Deus e a sua crítica às religiões, encontra-se ao longo da sua vasta obra. Apesar da aspiração de Fernando Pessoa ao Ilimitado, e à Perfeição, e da sua busca de um significado para a Vida, isso não é a mesma coisa que acreditar em Deus, conforme se pode confirmar nestes textos. Este livro mostra que o ateísmo, a antirreligião, e o anticatolicismo, presentes nos vários textos de Fernando Pessoa, são algo pensado e defendido enquanto escritor e ensaísta, e também algo sentido e assumido enquanto indivíduo.

Índice:

PREFÁCIO

ORTÓNIMO

POESIA
Perante o Universo, mudo
“Deus, soberba, infinito” em Grão Berreiro
Agnosticismo superior
O mal e o crime
Cantares
Epitáfio – religião
Beija-mão
O raio de sol que irradia
Ó sonho a quem primeiro eu chamei Deus
Nova ilusão
Tédio
Últimas palavras
Um Deus cansado de ser Deus em vão
Paraíso
Deus
E, horror! O braço
Vivo entre cães
Frei João
Ah, quem nos dera a calma
Buda
Cansado dos deuses
Epigrama
Os lírios do país do sonho
O louco sente-se Imperador ou Deus
Os deuses, não os reis, são os tiranos
Natal
Ah, como o sono é a verdade, e a única
Não são os reis e os povos rebelados
Sim, se Deus fora um, e fora justo
Puseste a crença num Deus justo e bom
Chorais em vão, no aspérrimo desterro
Quais milagres de Lourdes, meu amigo!
Sonhos, sistemas, mitos, ideais…
Meus dias passam, minha fé também
Que triste, à noite, no passar do vento
Nunca soube querer, nunca soube sentir, até
Sim, sim, eu conheci-o
Nas grandes horas em que a insónia avulta
Na pior consequência de pensar
Canto a Leopardi
Se há arte ou ciência para ler a sina
O cão que veio do abismo
Solenemente
Santo António
S. João
S. Pedro
Sim, é o Estado Novo
Poema de amor em estado novo
Sobre as almas e a sua consciência
Guerra Junqueiro
A Cristo
Há um método infalível
A corveta andorinha
E a alma, tendo sonhado os seus céus
Oh miseráveis escravos
Rubaiyat
Fausto no seu laboratório
Fausto ao espelho
A vida é má e o pensamento é mau
Já estão em mim exaustas
Desejava querer fugir de mim
Diálogo na noite
Valendo mais ou menos entre si
Morrer – esta palavra toda horror
Ah que nunca a verdade definida
Do eterno erro na eterna viagem

CONTOS E OUTROS TEXTOS DE FICÇÃO
A hora do diabo Diálogo entre um católico e um cristão
Marcos Alves
Manuel Fontoura
O banqueiro anarquista
O padre Jesuíno
O eremita da serra negra
Doloroso
Memórias de um ladrão
Alegações finais
O desconhecido
Salomé
Calvário
Diálogo no jardim do palácio
Diálogo sobre a tirania
Diálogo filosófico
Metafísica do Dr. Neibas
Na Casa de Saúde de Cascais

TEXTOS DE ENSAIO
Introdução ao estudo da metafísica
Não será um defeito considerar o aspeto metafísico
O Cristianismo historicamente considerado
O facto capital da nosa civilização
O fenómeno religioso é um elemento dissolvente
das sociedades
Civilização cristã
O que a nós verdadeiramente nos caracteriza
Os caminhos do misticismo e da magia
O misticismo
A mediunidade e o espiritismo
Os argumentos relativos à demonstração da existência de deus
Teísmo
No fundo, o Homem religioso é um hedonista
A Religião
A Filosofia grega
É, porém, um facto curioso que a religião
Libertemos o nacionalismo dos seus agregados espúrios
Concebendo a verdade só como católica romana
Há três forças realmente internacionais
Marcha sobre roma
Fátima
Paris, Londres, Roma
Heróstrato
A carência de uma fé religiosa
Desde que no Homem desperta e vive o pensamento abstrato
O Homem é essencialmente egoísta
Na fórmula do Concílio
O segundo elemento do martírio moral
Combativo, o árabe

TEXTOS AUTOBIOGRÁFICOS E DE REFLEXÃO PESSOAL
Páginas do Diário
Depressa descobri que a minha constituição era assim
Não amava eu Heraclito ternamente
É agora necessário que eu diga que espécie de homem sou
Ficarei o inferno de ser eu
O homem, bobo da sua aspiração
O grande Shakespeare que é toda a gente
Nunca realizamos o que queremos
Para Orpheu
Uma estranha náusea
Há coisas em mim
Felizes aqueles
A minha imagem
Aqueles que sofrem
Explicação de um livro
Carta ao prior dos Mártires

PROJETOS DE TEXTOS
Plano literário d’«O Phosphoro»
Artigos no “Phosphoro”
O Iconoclasta. Quinzenal
O Iconoclasta
Um grande poeta materialista (alberto caeiro)
O livro da transformação, ou livro das tarefas
Trilogia da noite
David Merrick – livros a sair

HETERÓNIMOS PRINCIPAIS

ALBERTO CAEIRO

POESIA
Há metafísica bastante em não pensar em nada
Esta tarde a trovoada caiu
Num meio-dia de fim de Primavera
Só a Natureza é divina, e ela não é divina…
Se quiserem que eu tenha um misticismo
Bendito seja o mesmo sol de outras terras
Seja o que for que esteja no centro do mundo
Ah querem uma luz melhor que a do sol!
Tu, místico, vês uma significação em todas as coisas
Gosto do céu porque não creio que ele seja infinito
Ponham na minha sepultura
Quem tem flores

PROSA
Entrevista com Alberto Caeiro

RICARDO REIS

POESIA
Não porque os deuses findaram
Aqui, sem outro Apolo do que Apolo
Meu gesto que destrói
Nada me dizem vossos deuses mortos
Não torna ao ramo a folha que o deixou
Se em verdade não sabes
Quero dos deuses só que me não lembrem
Os deuses e os Messias que são deuses
Se a cada coisa há um Deus que compete
Amo o que vejo porque deixarei

PROSA

Um dos mais perniciosos efeitos da religião
Olhado com desprezo e aversão indiferente
O Cristismo está em liquidação
Reconstruir o paganismo
Ao contrário da sensibilidade cristã
Maurras e os seus são os românticos da disciplina
A religião é a redução a ilegítima de uma coisa legítima
A ciência não curará muitos vícios, mas também
não provoca nenhuns

ÁLVARO DE CAMPOS

POESIA
Não há abismos
Tabacaria
Carry Nation
Esta velha angústia
Barrow-on-Furness
Dá-nos a tua paz
Ultimatum

PROSA
O meu mestre Caeiro
Desde que se pensa a sério em qualquer coisa
Deus é um conceito económico
Mensagem ao diabo
O que a nossa época sente
Entrevista

BERNARDO SOARES
Nasci em um tempo
Quando, como uma noite de tempestade
Choro sobre as minhas páginas imperfeitas
A Metafísica pareceu-me sempre
Onde está deus, mesmo que não exista?
Quando nasceu a geração a que pertenço
Somos morte
Quantas coisas, que temos por certas ou justas
Não se subordinar a nada
Nenhum prémio certo tem a virtude
Desde o meio do século dezoito
Tão dado como sou ao tédio
A História nega as coisas certas
Adoramos a perfeição, porque a não podemos ter
Pertenço a uma geração que herdou a descrença na fé cristã
A loucura chamada afirmar, a doença chamada crer
O campo é onde não estamos
Quedar-nos-emos indiferentes
Nunca tive alguém a quem pudesse chamar “Mestre”
Atingir, no estado místico
O mais alto grau do sonho
Morreu pela pátria
Sinfonia da noite inquieta

OUTROS HETERÓNIMOS

CHARLES ROBERT ANON

POESIA
Seja feita a tua vontade
Epitáfio de Deus
Epitáfio da Igreja Católica

PROSA

Excomunhão

Um ódio às instituições

Eu era um génio

HORACE JAMES FABER
Plausibilidade de todas as Filosofias

ALEXANDER SEARCH
Trabalho
Obra de Deus
O Apóstolo
Homens de Ciência
A última das coisas
O padre e o carrasco
Epigramas
Ninharias
A mulher de negro
A tristeza veio para chorar
Epitáfio

PROSA
Pacto para a vida de Alexander Search

JEAN SEUL DE MÉLURET

O caráter mais repugnante destas obras

PANTALEÃO

POESIA
Abaixo a guerra, a tirania
Há um método infalível

PROSA
Carta

JOAQUIM MOURA COSTA
Disse Deus a Moisés
Este tal Robertson, diz Jesus Cristo
Nada
Ao poeta Gomes Leal
A Igreja Católica
O Diabo
Origem metafísica do Padre Matos

CARLOS OTTO
Epigrama

VICENTE GUEDES
O asceta

BARÃO DE TEIVE
Pertenço a uma geração

RAPHAEL BALDAYA
Tratado da negação
Os místicos, esotéricos e outra gente assim

ANTÓNIO MORA
Como vimos (where before?), a Europa
Causas da religião
A Igreja Católica é a inimiga de todo o nacionalismo
O ódio entre católicos e protestantes
A religião cristista
Dizei-me porém se, ignorantes de todo Cristianismo
Teoria dos deuses
O Cristianismo, pelas três origens que teve
Das virtudes a que o Cristianismo incita
Uma demonstração, feita sobre uma lenda conhecida
A que leva a moral excessiva?
Origens do cristianismo
Adentro do paganismo não há heresias
O que são os deuses
O catolicismo

FRIAR MAURICE
Porque sou tão infeliz?

HETERÓNIMO NÃO IDENTIFICADO
Imoralidade do Catolicismo

BIBLIOGRAFIA

ÍNDICE



AUTOR:

VICTOR CORREIA frequentou a Pontifícia Universidade de São Tomás de Aquino, em Roma (formação em Filosofia). Frequentou também o curso de piano, durante alguns anos, na Escola de Música de São Teotónio, em Coimbra. Concluiu a licenciatura em Filosofia, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, é pós-graduado em Formação Educacional, na mesma Faculdade, e tem o Mestrado em Estética e Filosofia da Arte, na Faculdade de Letras da Universidade de Letras (formações obtidas antes do Processo de Bolonha). É doutorado em Filosofia Política e Jurídica, na Universidade da Sorbonne, em Paris, onde foi orientado pelo filósofo francês Yves Charles Zarka. É pós-doutorado em Ética e Filosofia Política, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Tem exercido funções de docência na sua área de formação, e tem organizado e apresentado comunicações em várias conferências. É membro de algumas associações científicas e culturais. Tem publicado diversos artigos em jornais, e em revistas nacionais e internacionais. Tem também alguns livros publicados.

Detalhes:

Ano: 2019
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 308
Formato: 23x16
ISBN: 9789896898526
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