Recomendar livro a um amigo
|
Sinopse:
O Estado que se refunda com as revoluções liberais exige a uma geração de portugueses a invenção de um novo contrato social, que junte a Nação, as instituições, a História e o progresso. Ao período que vai de 1820 e 1851, pede-se que se olhe com os olhos desse tempo e não com os do Antigo Regime que já passara ou com os do futuro que se não podia prever. Nele, ergueram-se os alicerces desse Portugal Moderno, difícil, controverso e confuso, muitas vezes gerador de equívocos que se foram repetindo na historiografia que se lhe seguiu. O padre Marcos esteve em todos os momentos decisivos desse período, interveio em todos eles, foi decisivo em alguns e tornou-se uma figura incontornável da sua inteligibilidade. Esteve na reforma do Estado e da Igreja e nunca considerou que fosse incompatível as suas condições de cristão e maçon, tendo chegado a Arcebispo de Lacedemónia e grão-mestre da Maçonaria portuguesa.
Índice:
Introdução Problemática O padre Marcos, no tempo e no tema Metodologia O estado da arte, as fontes e a bibliografia
1. O padre Marcos e a Igreja em 1820 1.1. A formação do padre Marcos 1.2. A Igreja no tempo de Pio VII 1.3. A Igreja Portuguesa em 1820 1.4. As Ordens Regulares até 1820 1.4.1. As Ordens Regulares em Portugal até meados do século XVIII 1.4.2. As Ordens Regulares no reinado de D. José I 1.4.3. As Ordens Regulares no tempo de D. Maria I 1.4.4. Um Projecto de Extinção de todas as Ordens Regulares, de 1814
2. Da Regeneração de 1820 à Vilafrancada (1820-1823) 2.1. A reforma eclesiástica na Oração de Alhos Vedros 2.2. De Alhos Vedros para Lisboa 2.3. Maçon e membro da Sociedade Patriótica O Gabinete de Minerva 2.4. O Clero e a Igreja portuguesa no vintismo 2.5. A questão religiosa nas Constituintes de 1821-22 2.6. Nossa Senhora da Conceição da Rocha 2.7. O Sermão de 4 de Julho de 1822 2.8. O Sermão de Nossa Senhora da Conceição da Gruta 2.9. A Oração Fúnebre de Manuel Fernandes Tomás 2.10. O padre Marcos dirige O Censor Lusitano 2.11. A legislação da reforma dos regulares 2.12. O padre Marcos e a Comissão que executa a reforma eclesiástica 3. Da Vilafrancada à Proclamação de D. Miguel (1823-1828) 3.1. A Vilafrancada e a suspensão da reforma eclesiástica 3.2. O padre Marcos é desterrado para Mesão Frio 3.3. A Abrilada e o envolvimento político da Igreja Portuguesa 3.4. D. João VI, vítima do radicalismo ultramontano 3.5. A sucessão de D. João VI 3.6. O pontificado de Leão II e Portugal
4. Do exílio inglês aos Açores (1828-1832) 4.1. A usurpação de D. Miguel 4.2. A belfastada 4.3. A caminho da emigração 4.4. O Sermão de Stonehouse que o padre Marcos profere 4.5. D. Miguel e a Santa Sé: Leão XII e Pio VIII 4.6. “A causa dela é a nossa causa” 4.7. Conventos e Mosteiros ao serviço do miguelismo 4.8. A Itália católica de Gregório XVI e a reacção de D. Pedro
5. Dos Açores ao Cerco do Porto (1832-1833) 5.1. Os Açores: o regresso a Portugal e à liberdade 5.2. A importância do Sermão de Angra 5.3. A Comissão de Reforma Eclesiástica ensaia nos Açores 5.4. A missa campal em Angra e o desembarque dos bravos do Mindelo 5.5. A invicta e sempre leal cidade do Porto 5.6. O significado político das medidas tomadas durante o cerco do Porto
6. O padre Marcos no centro das reformas (1833-1836) 6.1. A instalação da Corte em Lisboa 6.2. A Comissão de Reforma Geral Eclesiástica e a expulsão do Núncio 6.3. Cisma? 6.4. A Junta do Exame (…) das Ordens Regulares 6.5. Papam Habemus Marcum 6.6. A Extinção das Ordens Regulares 6.7. Vigário Geral do Patriarcado e Arcebispo de Lacedemónia 6.8. A Oração Fúnebre de D. Pedro IV 7. O padre Marcos no setembrismo (1836-1842) 7.1. A Revolução de Setembro e a belenzada 7.2. Esmoler Mor de D. Maria II
8. O seu primeiro período parlamentar (1842-1847) 8.1. Defender a Carta, a Coroa e esclarecer o passado 8.2. A Maçonaria Irlandesa 8.3. O reatamento das relações com a Santa Sé 8.4. O deputado padre Marcos 8.5 O Padroado do Oriente 8.6. A Reforma dos Seminários 8.7 A Revolta de Torres Novas e a defesa da Corte 8.8. As prisões penitenciárias 9. O seu segundo período parlamentar (1848-1851) 9.1. A amizade com Garrett 9.2. Do cabralismo à regeneração 9.3. Autobiografia em tempo de campanha contra si 9.4. A campanha contra o padre Marcos 9.5. A Reforma das Colegiadas 9.6. Dom Prior da Colegiada de Guimarães 9.7. A morte e o funeral do padre Marcos
10. A liberdade, a nação e o Estado no padre Marcos
11. Bibliografia 11.1. Fontes Impressas (Obras do Padre Marcos) 11.2. Fontes Impressas (outras) 11.3. Fontes Manuscritas 11.4. Índices, Repertórios e Colectâneas 11.5. Publicações Periódicas 11.6. Obras Gerais 11.7. Diários, Memórias, Biografias, Estudos e Ensaios 11.8. Sitegrafia
O AUTOR: Francisco Carromeu é licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e doutorado em Estudos Portugueses pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, na especialidade de Cultura Portuguesa do Séc. XIX, com a tese que agora se publica. As áreas de investigação a que mais se tem dedicado versam os temas da história das relações entre o Estado com a Igreja no período da fundação do Estado Moderno e da história das sociedades secretas políticas na Europa, sendo autor do Dicionário de Carbonária em Portugal (2013).
Detalhes:
Ano: 2013
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 354
Formato: 23x16
ISBN: 978-989-689-321-7
|