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Colaboração com a entidade: Universidade Nova de Lisboa
Sinopse:
A presente dissertação procura traçar um percurso na produção artística do século XX, através da problematização dos diferentes modos de abordagem do conceito de espaço que foram explorados ao longo desse período. Com base nas noções de Heterogeneidade, Tridimensionalidade e Performatividade – que são propostas enquanto perspectivas complementares para analisar essa exploração –, é desenvolvida uma reflexão que se tensiona entre um modelo de espaço ideal, puro, abstracto e neutro, e um modelo de espaço físico, contaminado, real e vivencial. A primeira parte deste trabalho toma como referência as propostas das primeiras vanguardas e o debate sobre a autonomia da arte que lhes está subjacente, evolui através da análise das transformações operadas no conceito de escultura, e examina a redefinição da experiência do espectador na primeira metade do século XX – estabelecendo uma orientação que tende a definir-se como uma trajectória em direcção a um espaço real. Numa segunda parte, é abordado o contexto de maior diversidade que determina a segunda metade do século XX, sendo identificado um processo de espacialização, que dá continuidade às dinâmicas anteriores, mas que associa novos vectores de produção – vectores esses que se traduzem em modelos de espaço mais complexos e que introduzem diferentes inflexões na orientação inicial. Contrariando uma leitura de evolução linear, este estudo propõe uma interpretação que se baseia na identificação de uma constante transformação, reconfiguração, e conjugação de diferentes concepções de espaço.
Índice:
Prefácio Introdução
I. Sobre o Espaço
1. Heterogeneidade 1.1. O Merz de Kurt Schwitters 1.2. Uma Dupla Hélice 1.3. Da Especificidade à Heterogeneidade 1.3.1. A Teoria de Clement Greenberg
2. Tridimensionalidade 2.1. O Proun de Lissitzky 2.2. Da Escultura à Tridimensionalidade. 2.2.1. O Processo de Rodin e a Simultaneidade de Boccioni 2.2.2. O Espaço Negativo Cubista 2.2.3. Exploração Construtivista 2.2.4. Dimensionismo. 2.2.5. O Espaço Envolvente e o Duplo Espaço da Escultura Surrealista 2.2.6. Desenhar no Espaço 2.2.7. A New Sculpture e as transfigurações da década de 1950 2.2.8. Estruturas num Plano Real 2.2.9. Minimalismo
3. Performatividade 3.1. O Readymade de Marcel Duchamp 3.2. Da Contemplação à Participação 3.2.1. O Modelo da Fenomenologia 3.2.2. Antecedentes, Registos e Experimentalismos 3.2.3. Corpos no Espaço 3.2.4. Happenings e Environments 3.2.5. Espaço Neoconcretista 3.2.6. Espaço Performativo em Portugal 3.2.7. Teatralidade
4. Heterogeneidade 4.1. A Anarchitecture de Gordon Matta Clark 4.2. Cisão no Minimalismo 4.3. Especificidade e Crítica à Instituição 4.4. A Crítica e a Instituição 4.5. Tentativas de delimitação. Modernismo / Pós Modernismo 4.6. Diversidade em Portugal: dos Anos 60 ao Zero e a já Depois do Modernismo
5. Tridimensionalidade 5.1. A Construção de Pedro Cabrita Reis 5.2. Entre Arte e Arquitectura 5.3. Arte Pública
6. Performatividade 6.1. A Comunicação de Siah Armajani 6.2. O Contributo das Ciências Sociais e as declinações Site Specific 6.3. Outras Performatividades. Espaço Físico / Espaço Virtual
Considerações Finais
Bibliografia
Índice Onomástico
A AUTORA:
Margarida Brito Alves é doutorada em História da Arte Contemporânea pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde também concluiu o Mestrado na mesma área, e é licenciada em Arquitectura pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. É Professora Auxiliar Convidada no Departamento de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e investi gadora do Insti tuto de História da Arte – sendo coordenadora da Linha de Estudos de Arte Contemporânea. É autora do livro A Revista Colóquio / Artes, que foi distinguido (ex-aquo) com o Prémio José de Figueiredo 2008, atribuído pela Academia Nacional das Belas-Artes.
Detalhes:
Ano: 2012
Capa: capa mole
Tipo: Livro
N. páginas: 312
Formato: 23x16
ISBN: 978-989-689-217-3
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