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Sinopse:
Na sequência dos números anteriores de Nova Síntese – revista que se propõe, é bom recordᬠlo, «incentivar a renovação dos estudos sobre o neo¬ realismo e o seu contexto mais amplo» (n.º 1, p. 5) – o presente fascículo representa uma tentativa de aprofundar o discurso crítico sobre a poesia neo¬ realista, produzindo uma exegese, tão ampla quanto possível, sobre a obra poética dos intervenientes do movimento que dinamizou a cultura portuguesa nas décadas de 40, 50 e 60 do século XX, com epígonos ainda na década seguinte.
Sem pretender exaurir os diversos aspectos que a poética neo¬ realista assumiu como traços distintivos de um produto que sempre procurou a confluência entre a ética e a estética, este número fornece, porém, assim o cremos, estudos que, embora seguindo diversas metodologias, de algum modo iluminam arestas ou possíveis zonas de sombra que estereótipos ainda hoje enraizados em certa crítica, até universitária, pretenderam acentuar, quanto a nós partindo de um princípio inútil e estéril, isto porque nunca foi capaz de considerar até que ponto a poesia neo¬ realista pôs em causa um discurso poético que tendia para formas e fórmulas que, na sua opacidade, não contemplavam o país real e a necessidade de interferir no tecido social.
Índice:
1. A POESIA DO NEO-REALISMO
1.1 LITERATURA
Nota Introdutória
Itinerários de uma poética por Manuel G. Simões
A herança do romantismo social na poesia do neo-realismo português por Sílvio Castro
A revista presença e a poesia neo-realista por Eugénio Lisboa
Os poetas do “Novo Cancioneiro”. Uma realização polifónica por Fernando J.B. Martinho
A poesia de Fernando Namora. Terra, um contributo para o conhecimento da gleba por Fernando Batista
João José Cochofel, poeta da revolta melancólica por José Ferraz Diogo
Carlos de Oliveira: “a procura das melhores palavras” por Izabel Margato
Um “Pucarinho de esperança” – A literatura para crianças em Sidónio Muralha por Violante F. Magalhães
Armindo Rodrigues – O poeta do lirismo que nos interroga, ou a inquieta modernidade na configuração do real por Domingos Lobo
Algumas considerações sobre o “Cancioneiro Vértice” por Luís Serrano
Utopia e distopia no universo poético do neo-realismo (Notícias do Bloqueio, de Egito Gonçalves e A Invenção do Amor, de Daniel Filipe) por Carlos Loures
O sistema interrogativo de Egito Gonçalves por Maria Alzira Seixo
António Gedeão: uma “envolvente solidão compacta” por Fernando Guimarães
A poesia e a dimensão cultural nos espaços coloniais e pós-coloniais por Carlos Jorge Figueiredo Jorge
1.2 ARTES VISUAIS
Lisboa, cidade triste e alegre – As imagens e as palvras no “poema gráfico” de Victor Palla e Costa Martins por David Santos
2. O ano de 2010 no Museu do Neo-Realismo
3. Actividades da Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo (2009)
Detalhes:
Ano: 2010
Capa: capa mole
Tipo: Revista
N. páginas: 272
Formato: 23x16
ISSN: 1646-5989
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